Combate ao abuso: conheça 3 propostas para trabalhar prevenção da violência na escola
No Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, o projeto Gênero e Educação separou algumas propostas e experiências para fortalecer o papel da escola na proteção de educandos e no combate à violência
O 18 de maio é reconhecido como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data é concretizada em memória à Araceli Crespo, uma menina de 08 anos, que foi raptada, violentada e assassinada em 1973. O caso, que se tornou símbolo de luta e mobilização, completa 50 anos e segue sem nenhuma medida de punição dos culpados
As instituições educacionais são locais potentes para identificação de casos, formação de redes de proteção, apoio e prevenção. E a abordagem de gênero e raça nas escolas são caminhos que possibilitam o combate às violências, que também está presente na lógica da omissão das desigualdades. Em 2020, por meio dos julgamentos no Supremo Tribunal Federal, tentativas de proibir o debate nas escolas foram consideradas inconstitucionais por violarem direitos fundamentais de estudantes.
É preciso fortalecer o papel da escola no enfrentamento das violências e dos abusos contra crianças e adolescentes. Ecoar experiências positivas e conhecimentos em torno desse desafio é uma forma de tecer redes e ampliar a proteção de educandos.
Conheça 3 propostas para serem trabalhadas na escola:
Fanzine como potência educativa no combate à violência doméstica
Atividade busca debater com estudantes a violência doméstica no cotidiano e abordar direitos humanos. A partir da confecção de fanzines e da coleta de informações sobre os diferentes tipos de violência, a escola organiza momentos de discussão, convidando também representantes de movimentos sociais ou da defensoria pública do estado para conversar sobre o tema. A autora da proposta é Marcielly Cristina
Pipo e Fifi: conhecer para prevenir
Por meio da contação de história e do desenho, essa experiência conta como a obra “Pipo e Fifi” foi utilizada para promover ações de cuidado com crianças, prevenção do abuso e da violência sexual e incentivar crianças a refletirem e se posicionarem em relação aos seus sentimentos e emoções. As autoras da atividade são Cristiane Pereira e Léia Teixeira.
Juntes: Relações saudáveis na adolescência
O projeto interdisciplinar prevê atividades para identificar mecanismos de opressão, relacionamentos abusivos e outros tipos de violências contra meninas e mulheres. A partir de diferentes materiais, as atividades promovem o questionamento dos papéis de gênero, das discriminações raciais e refletem sobre a importância do diálogo e da rede de afetos. As autoras do projeto são Aldenora Conceição e Jaqueline Aparecida.