Projeto Mandacaru Malala promove seminário com foco na educação de meninas e saberes ancestrais
Lançamento ao vivo acontece nesta quinta-feira (11) e contará com a presença da educadora e Rainha da ciranda Lia de Itamaracá
Em celebração ao lançamento do Projeto Mandacaru Malala, nesta quinta-feira (11) acontecerá o seminário “Flores do Mandacaru na Ciranda de Saberes”, uma ação do projeto Mandacaru Malala, coordenado por Benilda Brito, Ativista pela Educação da Rede Fundo Malala, Pedagoga, Mestre em Gestão Social/UFBA e militante do Movimento de Mulheres Negras e Diretos Humanos.
O evento será transmitido ao vivo pelo Youtube e Facebook as 10h e conta com a parceria da Ação Educativa. O encontro irá reunir educadoras/es, famílias, estudantes, quilombolas, indígenas, ativistas e tem como propósito abordar valores afrodispóricos, pretagogias, afrocentrismo e denunciar o epistemicídio. Certificados também serão disponibilizados.
Além disso, o primeiro seminário contará com a presença da compositora e cirandeira Lia de Itamaracá, fazendo as honras da abertura junto com a idealizadora e coordenadora do projeto Benilda Brito. A seguir, O seminário é dividido em duas rodas. Confira a programação completa:
1ª roda – Saberes Afro/Indígena, com:
- Eduarda Moreira – Estudante, integrante da associação as Karolinas e fundadora do Coletivo Jovem localizado em Exú/PE.
- Mazer Souza – Quilombola da comunidade Feijão, professora especializada em Neuropsicopedagogia e líder comunitária.
- Melrilly Gonçalves – Indígena da comunidade Kaimbé, estudante do ensino médio e integrante do Projeto Cunhataí Ikhã.
- Joaninha Dias – Professora, poeta, escritora, candomblecista e juremeira.
- Ayanny Diniz – Quilombola da comunidade Serra do Talhado, estudante do ensino médio.
- Cirila Kaimbé – Indígena da comunidade Kaimbé é professora e coordenadora Estadual de Educação Escolar Indígena NTE 17 Ribeira do Pombal e apoiadora do Projeto Cunhataí Ikhã.
2ª roda – Pretagogias, Afrocentrismo. Basta de Epistemicídio, com:
- Iyalorixá Denise Botelho – Drª em Educação e Relações Étnico-Raciais, com ênfase em interseccionalidades de raça e gênero, Docente Orientadora do Programa de Pós-Graduação em Educação, Culturas e Identidades (PPGECI-UFRPE/FUNDAJ). Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação, Raça, Gênero e Sexualidades “Audre Lorde” e Membro do Coletivo de Acadêmicas Negras Luiza Bairros.
- Maria Aparecida de Matos – Doutora em Educação Literária, Docente da UFT, desenvolve projetos de letramento afro literário em comunidades quilombolas no Sudeste do Tocantins, em especial no Território Kalunga.
- Pablo Soares – Mestre em Cultura e Sociedade/UFBA, cordelista, performance e pesquisador. Recentemente criou o selo FolkQueer de cordéis.
Sobre o Projeto Mandacaru Malala
Coordenado pela ativista Benilda Brito e patrocinado pelo Fundo Malala, o projeto tem como foco visibilizar as violências, desigualdades e ausências de políticas públicas focalizadas na educação das meninas do ensino fundamental das escolas públicas do nordeste brasileiro. Em seminário de lançamento (11), a iniciativa irá ligar saberes afro/indígenas e apontar resistências das comunidades tradicionais diante da pandemia do Covid-19. O evento também propõe elaborar um conjunto de ações que contribuam para o enfrentamento aos racismos e para a efetivação dos direitos educacionais das meninas, como garantem as Convenções Internacionais de Beijim e Durban, das quais o Brasil é signatário.