Esses movimentos têm estimulado a censura e a autocensura à abordagem da diversidades de gênero, sexualidade e raça e de conteúdos que abordem as profundas desigualdades do país.
Escondidos sob o discurso de uma educação a favor da moralidade, da neutralidade política, da família e dos bons costumes, esses movimentos alimentam a desinformação, o preconceito, o revisionismo histórico autoritário e o pânico moral atacando a ciência e os princípios constitucionais de uma educação de qualidade. Lembremos que em seus artigos 205 e 206, a Constituição de 1988 garante que a educação é um direito de todos, bem como a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte, o saber e o pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas. A partir deste direito constitucionalmente garantido, pode-se concluir que a escola enquanto espaço de manutenção da educação, deve portanto ser um local de diálogo, de pesquisa e de respeito às diferenças. A escola deve ser um espaço plural, de respeito e acolhimento das diferenças e de combate às violências e desigualdades existentes na sociedade. Por isso, educação de qualidade não combina com censura. Nesta seção, você encontrará pesquisas, publicações, materiais e notícias sobre os movimentos por uma educação sem censura e caminhos para defender a pluralidade de ideias no ambiente escolar.
*Foto: Mídia Ninja