Apesar dos avanços obtidos nas últimas duas décadas, o direito humano à educação de qualidade continua longe de ser uma realidade para todas as pessoas que vivem no Brasil.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstram que em praticamente todos os indicadores educacionais do Brasil, entre 2016 e 2018, persistem desigualdades no acesso e na permanência na educação básica e no ensino superior. A escolarização de meninas e mulheres avançou muito nas últimas décadas mas profundamente marcada por desigualdades entre mulheres, em prejuízo, sobretudo, das mulheres negras, indígenas, do campo e das mulheres trans. A LGBTfobia constitui um grande obstáculo presente no cotidiano das escolas e nas políticas educacionais que compromete a trajetória escolar de estudantes lésbicas, gays, bissexuais, trans e intersexos. Atualmente, menos de 50% da população acima dos 25 anos possui formação básica, 2/3 das crianças estão fora das creches e a evasão escolar, o baixo desempenho e o analfabetismo continuam maiores, em especial, entre meninos, adolescentes e jovens negros, revelando a força do racismo estrutural. Lutar contra essas desigualdades e discriminações é a única forma de garantir que jovens e crianças sistematicamente excluídos do exercício de sua cidadania possam garantir plenamente seu direito à educação de qualidade. Nesta seção você terá acesso a dados, estudos comparativos, materiais e pesquisas sobre a realidade educacional e sobre desafios e as possíveis alternativas para avançarmos nesta luta pela igualdade na diferença.
*Foto: EBC