Refletir para aprender
Estado: Rio Grande do Sul (RS)
Etapa de Ensino: Ensino Fundamental I
Modalidade: Educação Regular
Disciplina: Artes, Geografia, História, Língua Portuguesa, Sociologia
Formato: Presencial
Formada em pedagogia na Universidade Anhanguera, atualmente professora da rede municipal no Rio Grande do Sul e mestranda na Universidade Federal de Pelotas. Mulher negra, bissexual defende que uma prática pedagógica só é emancipatória quando a educação é um espaço de diálogo e respeito entre todes.
Objetivos
- Engendrar sujeitos críticos e autônomos que façam valer seus direitos, promover a empatia ampliando o conhecimento sobre diversidade,
- Discutir sobre relações interpessoais fomentando questionamentos sobre tratamentos desiguais com base em gênero, raça e/ou classe, estimular ideias e atitudes para o combate à desigualdades.
Conteúdo
Direitos e deveres; desigualdades; racismo; gênero; classe.
Metodologia
O projeto se dará por meio de rodas de conversas, sempre respeitando a fala de cada um e incentivando para que os outros também respeitem. Também serão feitas pesquisas em livros e por meio eletrônico com a mediação do professor, além da confecção de cartazes, produções de vídeos e fotografias.
O projeto pode ser feito uma vez por semana e todo os material produzido pelos alunos em cada etapa deve ser guardado para o final do projeto.
Etapa 1 - Direitos e Deveres
Roda de conversa: o professor trará alguns artigos (de preferência os primeiros) da constituição brasileira e do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), depois de uma breve introdução explicando sobre o que são esses documentos, o professor irá propor que cada alune leia em voz alta um artigo de sua escolha.
O professor levantará questões sobre os direitos e deveres lidos pelos alunes e incentivará para que eles também elaborem perguntas.
Por fim, para dar continuidade à reflexão, os alunes devem pesquisar em casa e/ou com seus familiares provas de que esses direitos não estão sendo cumpridos. Os registros podem ser por meio da escrita, fotografia, vídeos ou áudios. O professor também deve fazer esta pesquisa.
Etapa 2 - Desigualdades
Com todas as pesquisas e conversas entre familiares coletadas, o professor compartilhará com a turma junto com a sua própria pesquisa. Os alunes devem ser encorajados a relacionar as pesquisas e conversas e o professor irá mediar a conversa trazendo apontamentos sobre raça, classe e gênero.
Depois da discussão, os alunes devem construir trabalhos expositivos, podem ser cartazes, maquetes, panfleto entre outros. Nesta exposição eles devem relacionar o artigos da constituição ou do ECA com o direito ou dever que eles acham que não está sendo cumprido. Pode ser feito em sala de aula ou como dever de casa dependendo do tempo e materiais disponíveis.
Etapa 3 - Desigualdades, por que elas existem? Racismo
Agora a questão a ser levantada pelo professor é: Por que é assim? Por que o que está escrito na constituição e no ECA não condiz com a realidade? Os alunes devem refletir sobre o assunto e devem ter total liberdade de responder e questionar. O professor irá conduzir as discussões explicando sobre as diversas problemáticas existentes no Brasil e que muitas delas são resultantes de um sistema de opressão raça, classe e gênero.
Após a discussão o professor vai explicar que veremos um pouco sobre cada uma dessas opressões, começando pelo racismo. A pergunta que guiará esta etapa será "Por que existe racismo no Brasil"?. O professor pode colocar o vídeo "Os Africanos - Raízes do Brasil" ou pode trazer livros, revistas e jornais que discutam sobre a história do negro no Brasil. É necessário que o professor esteja atento às suas fontes para que não reforce estereótipos e preconceitos.
Por fim, o professor pedirá para que os alunes escrevam um texto curto respondendo a pergunta "Por que existe racismo no Brasil". É importante que o professor explique a história do negro no Brasil é muito mais complexa e dificilmente seria explicada por inteiro numa única aula.
Etapa 4 - Gênero
Nesta etapa, o professor irá fazer o jogo dos pensamentos. Cada alune terá em mãos um pedaço de papel e um lápis, eles não devem colocar o nome no papel. O professor dará os seguintes comandos: Quero que escrevam 3 características de um boi e não esqueçam de colocar boi para eu saber que as características são dele.
Depois o professor recolherá os papeis e selecionará alguns apontando questionamentos nas características apresentadas para garota e garoto, para pai e mãe. A intenção do exercício é levar a turma a questionar as diferentes características associadas ao gêneros.
Para fomentar a discussão o professor pode mostrar o vídeo "Quem é MALALA? para crianças - Fafá conta mulheres incríveis da história".
Para finalizar a aula os alunes podem ir ao laboratória de informática da escola ou à biblioteca e pesquisar mulheres que precisaram fazer valer a seus direitos.
Etapa 5 - Classe
O professor vai trazer a música "O Pobre e o Rico - Caju e Castanha" e depois levantar críticas de acordo com o que a sala concorda ou discorda.
Com revistas e jornais trazidos pelo professor, os alunes devem buscar informações sobre a desigualdade de classe no Brasil e num único cartaz colar as informações coletadas.
Por fim, o professor deixará com os alunos os seguintes questionamentos: Agora conhecemos um pouco mais sobre os problemas do Brasil, mas e aí? O que isso contribui? O que podemos fazer?
Etapa 6 - Conhecer é construir empatia
Por último, os alunos vão trazer suas ideias aos questionamentos deixados pelo professor e por meio de vídeo, fotos, cartazes, a sala irá montar uma exposição para a escola, uma exposição que contenha todo o material coletado e construído ao longo do projeto e suas ideias para acabar com as desigualdades.
* A última etapa pode exigir mais tempo, por isso pode ser distribuída por dois ou três dias.
O projeto pode ser feito uma vez por semana e todo os material produzido pelos alunos em cada etapa deve ser guardado para o final do projeto.
Etapa 1 - Direitos e Deveres
Roda de conversa: o professor trará alguns artigos (de preferência os primeiros) da constituição brasileira e do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), depois de uma breve introdução explicando sobre o que são esses documentos, o professor irá propor que cada alune leia em voz alta um artigo de sua escolha.
O professor levantará questões sobre os direitos e deveres lidos pelos alunes e incentivará para que eles também elaborem perguntas.
Por fim, para dar continuidade à reflexão, os alunes devem pesquisar em casa e/ou com seus familiares provas de que esses direitos não estão sendo cumpridos. Os registros podem ser por meio da escrita, fotografia, vídeos ou áudios. O professor também deve fazer esta pesquisa.
Etapa 2 - Desigualdades
Com todas as pesquisas e conversas entre familiares coletadas, o professor compartilhará com a turma junto com a sua própria pesquisa. Os alunes devem ser encorajados a relacionar as pesquisas e conversas e o professor irá mediar a conversa trazendo apontamentos sobre raça, classe e gênero.
Depois da discussão, os alunes devem construir trabalhos expositivos, podem ser cartazes, maquetes, panfleto entre outros. Nesta exposição eles devem relacionar o artigos da constituição ou do ECA com o direito ou dever que eles acham que não está sendo cumprido. Pode ser feito em sala de aula ou como dever de casa dependendo do tempo e materiais disponíveis.
Etapa 3 - Desigualdades, por que elas existem? Racismo
Agora a questão a ser levantada pelo professor é: Por que é assim? Por que o que está escrito na constituição e no ECA não condiz com a realidade? Os alunes devem refletir sobre o assunto e devem ter total liberdade de responder e questionar. O professor irá conduzir as discussões explicando sobre as diversas problemáticas existentes no Brasil e que muitas delas são resultantes de um sistema de opressão raça, classe e gênero.
Após a discussão o professor vai explicar que veremos um pouco sobre cada uma dessas opressões, começando pelo racismo. A pergunta que guiará esta etapa será "Por que existe racismo no Brasil"?. O professor pode colocar o vídeo "Os Africanos - Raízes do Brasil" ou pode trazer livros, revistas e jornais que discutam sobre a história do negro no Brasil. É necessário que o professor esteja atento às suas fontes para que não reforce estereótipos e preconceitos.
Por fim, o professor pedirá para que os alunes escrevam um texto curto respondendo a pergunta "Por que existe racismo no Brasil". É importante que o professor explique a história do negro no Brasil é muito mais complexa e dificilmente seria explicada por inteiro numa única aula.
Etapa 4 - Gênero
Nesta etapa, o professor irá fazer o jogo dos pensamentos. Cada alune terá em mãos um pedaço de papel e um lápis, eles não devem colocar o nome no papel. O professor dará os seguintes comandos: Quero que escrevam 3 características de um boi e não esqueçam de colocar boi para eu saber que as características são dele.
- 3 características de uma mesa
- 3 características de uma garota
- 3 características de um pai
- 3 características de uma mãe
- 3 características de um menino
Depois o professor recolherá os papeis e selecionará alguns apontando questionamentos nas características apresentadas para garota e garoto, para pai e mãe. A intenção do exercício é levar a turma a questionar as diferentes características associadas ao gêneros.
Para fomentar a discussão o professor pode mostrar o vídeo "Quem é MALALA? para crianças - Fafá conta mulheres incríveis da história".
Para finalizar a aula os alunes podem ir ao laboratória de informática da escola ou à biblioteca e pesquisar mulheres que precisaram fazer valer a seus direitos.
Etapa 5 - Classe
O professor vai trazer a música "O Pobre e o Rico - Caju e Castanha" e depois levantar críticas de acordo com o que a sala concorda ou discorda.
Com revistas e jornais trazidos pelo professor, os alunes devem buscar informações sobre a desigualdade de classe no Brasil e num único cartaz colar as informações coletadas.
Por fim, o professor deixará com os alunos os seguintes questionamentos: Agora conhecemos um pouco mais sobre os problemas do Brasil, mas e aí? O que isso contribui? O que podemos fazer?
Etapa 6 - Conhecer é construir empatia
Por último, os alunos vão trazer suas ideias aos questionamentos deixados pelo professor e por meio de vídeo, fotos, cartazes, a sala irá montar uma exposição para a escola, uma exposição que contenha todo o material coletado e construído ao longo do projeto e suas ideias para acabar com as desigualdades.
* A última etapa pode exigir mais tempo, por isso pode ser distribuída por dois ou três dias.
Recursos Necessários
- Livros, revistas;
- Computador com internet;
- Sulfite, cartolina;
- Lápis de cor;
- Tesoura;
- Lápis grafite;
- Jornais.
Duração Prevista
Cada etapa corresponde a um encontro, ou seja, um dia, exceto a última etapa, “conhecer é construir empatia”, que pode ser distribuída em dois ou três dias conforme a
necessidade da turma. Cada encontro tem duração média de 2 horas.
necessidade da turma. Cada encontro tem duração média de 2 horas.
Processo Avaliativo
O processo avaliativo neste projeto interdisciplinar será a avaliação formativa visando o aprendizado processual e respeitando o tempo de aprendizagem do estudante.
Referências Bibliográficas
Caju e Castanha. O Pobre e o Rico. https://www.youtube.com/watch?v=MvpblBCDKBM - Acesso em 28 de Nov. 2020
Quem é MALALA? Para crianças - Fafá conta mulheres incríveis da história. https://www.youtube.com/watch?v=Ai6Rpvyk8fM. Acesso em 28 de Nov. 2020
Os Africanos - Raízes do Brasil #3. https://www.youtube.com/watch?v=fGUFwFYx46s. Acesso em 28 de Nov. 2020
COLLINS, P. H. A Política do Pensamento Feminista Negro. In: COLLINS, P. H. Pensamento Feminista Negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento. São Paulo: Boitempo, 2019. Cap. 1, p. 29 – 59.
HOOKS, B. Mulheres negras: moldando a teoria feminista. Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, n. 16, p. 123- 210, 2015.
RIBEIRO, D. Quem Tem Medo do Feminismo Negro?. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
Quem é MALALA? Para crianças - Fafá conta mulheres incríveis da história. https://www.youtube.com/watch?v=Ai6Rpvyk8fM. Acesso em 28 de Nov. 2020
Os Africanos - Raízes do Brasil #3. https://www.youtube.com/watch?v=fGUFwFYx46s. Acesso em 28 de Nov. 2020
COLLINS, P. H. A Política do Pensamento Feminista Negro. In: COLLINS, P. H. Pensamento Feminista Negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento. São Paulo: Boitempo, 2019. Cap. 1, p. 29 – 59.
HOOKS, B. Mulheres negras: moldando a teoria feminista. Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, n. 16, p. 123- 210, 2015.
RIBEIRO, D. Quem Tem Medo do Feminismo Negro?. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
