Homens que Transformam

Estado: Minas Gerais (MG)

Etapa de Ensino: Ensino Fundamental II, Ensino Médio

Modalidade: Educação de Jovens e Adultos

Disciplina: Sociologia

Formato: Presencial

Mulher feminista, educadora social e advogada, tem como missão de vida lutar pelo fim de todas as formas de opressão. Acredita na educação como ferramenta de transformação social e é assim que promove suas revoluções diárias. Mestranda da Faculdade de Educação da UFMG, com pesquisa na área de gênero, feminismos, masculinidades e criminalidade. Criadora do projeto "Homens que transformam" onde utiliza uma educação feminista como método de prevenção à violência e reincidência infracional, dentro do sistema socioeducativo.

Objetivos

Promover oficinas sobre temas que possibilitam uma reflexão sobre as masculinidades. Além disso, identificar aquelas que inspiram os adolescentes e sua eventual relação com cometimento de atos infracionais.

Paralelamente, são desenvolvidas práticas educativas que auxiliam na redescoberta da identidade daquele adolescente, desvinculada de estereótipos que muitas vezes o aproximam da violência.

Conteúdo

As masculinidades, políticas de masculindades, inseridas no campo de estudo e nos movimentos feministas.

Metodologia

O projeto é dividido em 6 encontros e os debates seguem a seguinte ementa:

1. Somos todos iguais? O objetivo é tecer as primeiras reflexões sobre a raiz das diferenças entre homens e mulheres;

2. Homem não é bicho. Pretende-se desmistificar a ideia de que a biologia seria a raiz das desigualdades entre homens e mulheres. Homem como um ser social, individual, protagonista da própria vida.

3. Que tipo de homem é você? Aqui refletimos se existe “tipo de homem”, se eles entendem que alguns são melhores que outros e por que. Pensamos também quando entra a violência nesses “tipos”.

4. “Aí eu fui pro corre”. Aqui tentamos identificar as referências masculinas que possibilitaram essa aproximação com o crime.

5. “No corre” aos 40. Vamos refletir sobre o futuro no crime. A ideia é que eles mesmos percebam que não conhecem muitas pessoas envolvidas com a criminalidade, que tenham mais de 40 anos e que não estejam presas.

6. Homens que Transformam. O objetivo é que apresentem os resultados das suas reflexões. Que práticas adotariam para provocar sua transformação masculina? Será possível ser homem de outra forma?

Recursos Necessários

Apenas um espaço que possibilite que as pessoas se posicionem de forma horizontalizada.

Duração Prevista

6 encontros de 1 hora e 30 minutos.

Processo Avaliativo

Não existe nenhum processo formal. O ideal é que no último encontro a mobilizadora da oficina busque os sentidos que os alunos produziram sobre as masculinidades, no decorrer do trabalho.

Observações

O trabalho vem sendo realizado há dois anos em uma unidade socioeducativa.

Referências Bibliográficas

DE GARAY HERNÁNDEZ, Jimena. O Adolescente dobrado: cartografia feminista de uma unidade masculina do Sistema Socioeducativo do Rio de Janeiro. Tese de Doutorado – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2018.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: Um reencontro com a Pedagogia do Oprimido / Paulo Freire. – Notas: Ana Maria Araújo Freire. - São Paulo: Paz e Terra, 1996. – (Coleção Leitura)

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa / Paulo Freire. – São Paulo: Paz e Terra, 1996. – (Coleção Leitura)

hooks, bell. O feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras; tradução Ana Luiza Libânio. – 1. Ed. – Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2018.

VIVEROS VIGOYA, Mara. 2018. As cores da masculinidade: experiências interseccionais e práticas de poder na Nossa América. Trad. Alysson de Andrade Perez. Rio de Janeiro: Papéis Selvagens. 224 pp

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