Homem não chora? Leituras sobre a construção da masculinidade
Estado: São Paulo (SP)
Etapa de Ensino: Ensino Fundamental II, Ensino Médio
Modalidade:
Disciplina: Biologia, Filosofia, História, Sociologia
Formato: Híbrido
Professor de Sociologia e Filosofia.
Objetivos
- Discutir sobre a (des)construção da ideia de masculinidade a partir das diferentes concepções de família e, particularmente, as mudanças nos arranjos familiares no início do século XXI tendo a perspectiva de gênero como referência;
- Problematizar o conceito de gênero a partir de diferentes áreas do conhecimento;
- Analisar a ideia de “masculinidade tóxica” e suas implicações na sociedade, sobretudo no que se refere à violência.
Conteúdo
A presente proposta integra quatro componentes curriculares (Biologia, História, Filosofia e Sociologia) e utiliza o documentário O silêncio dos homens (disponível em: https://youtu.be/NRom49UVXCE) e a discussão em torno de ampla pesquisa sobre masculinidade organizada no site “Papo de homem” (https://papodehomem.com.br/silencio), que conta com a participação e colaboração de diversos grupos, como disparador das conversas com o grupo de estudantes do Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio.
Esta é a primeira etapa do projeto: contextualização do problema de pesquisa a partir da exibição e discussão sobre as impressões acerca do documentário.
A segunda etapa do projeto interdisciplinar deve ser organizada a partir de quatro eixos (representados por cada um dos componentes curriculares), que podem ser desenvolvidos separadamente ou em conjunto – respeitando as diferentes realidades e possibilidades estruturais de cada colégio. Cada componente deve problematizar a questão a partir do seu arcabouço teórico metodológico. O recorte feito pela professora e pelos professores responsáveis pelo projeto contou com a seguinte organização:
A última etapa do projeto é um encontro para sistematizar o conteúdo apresentado no decorrer do projeto, uma espécie de mesa redonda. Utilizamos algumas questões norteadoras para fomentar o debate: o que se entende por gênero? Podemos falar em sexo frágil? O que significa masculinidade tóxica? Como estas questões se relacionam à violência? Que outras questões importam para esta discussão? Para o presente projeto valorizou-se a participação espontânea das alunas e dos alunos por meio de intervenções no chat ou pelo microfone – o encontro foi feito à distância em decorrência da pandemia de Covid-19. Entendemos que o momento exigia uma abordagem que não estivesse vinculada a outros tipos de produção, mas para as próximas edições estudaremos a possibilidade de intervenções artísticas associadas ao tema – com a possibilidade de exposição virtual e/ou física – e/ou a elaboração de artigos.
Esta é a primeira etapa do projeto: contextualização do problema de pesquisa a partir da exibição e discussão sobre as impressões acerca do documentário.
A segunda etapa do projeto interdisciplinar deve ser organizada a partir de quatro eixos (representados por cada um dos componentes curriculares), que podem ser desenvolvidos separadamente ou em conjunto – respeitando as diferentes realidades e possibilidades estruturais de cada colégio. Cada componente deve problematizar a questão a partir do seu arcabouço teórico metodológico. O recorte feito pela professora e pelos professores responsáveis pelo projeto contou com a seguinte organização:
- Biologia: leituras sobre sexualidade na biologia; sexualidade adolescente.
- Filosofia: a noção de indivíduo; a ideia de autoconhecimento.
- História: a história do patriarcado e a ideia de masculinidade tóxica; outras leituras a partir da questão racial.
- Sociologia: sexualidade e gênero no currículo escolar; a construção social do gênero; antropologia e a leitura sobre construção da identidade.
A última etapa do projeto é um encontro para sistematizar o conteúdo apresentado no decorrer do projeto, uma espécie de mesa redonda. Utilizamos algumas questões norteadoras para fomentar o debate: o que se entende por gênero? Podemos falar em sexo frágil? O que significa masculinidade tóxica? Como estas questões se relacionam à violência? Que outras questões importam para esta discussão? Para o presente projeto valorizou-se a participação espontânea das alunas e dos alunos por meio de intervenções no chat ou pelo microfone – o encontro foi feito à distância em decorrência da pandemia de Covid-19. Entendemos que o momento exigia uma abordagem que não estivesse vinculada a outros tipos de produção, mas para as próximas edições estudaremos a possibilidade de intervenções artísticas associadas ao tema – com a possibilidade de exposição virtual e/ou física – e/ou a elaboração de artigos.
Metodologia
- Exibição e discussão sobre o documentário de referência;
- Leitura e problematização de material de referência;
- Aula expositiva;
- Mesa redonda;
- Debate.
Recursos Necessários
Acesso à internet e dispositivo de transmissão/recepção (celular ou computador) ou computador, datashow e espaço físico para exibição do documentário; lousa e giz.
Duração Prevista
Dois encontros de 100 minutos cada (1 exibição/debate; 1 mesa redonda);
Quatro encontros de 50 minutos cada (1 para cada um dos eixos).
Quatro encontros de 50 minutos cada (1 para cada um dos eixos).
Processo Avaliativo
Para a presente proposta foi considerada apenas a participação e engajamento dos alunos e das alunas durante o processo. Como alternativa, pode-se pensar a) na produção de textos para a sistematização da proposta, b) na promoção de campanhas na escola e fora dela sobre o tema ou c) na realização de um sarau com produções sobre o tema.
Observações
O desenvolvimento da proposta dialogou com os anseios de parte dos alunos, hoje, mais expostos às questões de gênero e violência contra a mulher em decorrência dos usos das mídias e redes sociais. Os dados que indicam o aumento da violência doméstica durante a pandemia e os casos em que homens não são punidos pelos atos de agressão que cometem contra as mulheres, sugerem a ideia de impunidade e criam uma esfera de indignação e medo. Entendemos que este tipo de espaço na escola indica um cenário de mudança pela base e possibilita a existência de uma sociedade democrática.
Referências Bibliográficas
BORDINI, G. S.; SPERB, T. M. Concepções de Gênero nas Narrativas de Adolescentes. Psicologia: Reflexão e Crítica, 25(4), 738-746, 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/prc/v25n4/13.pdf
CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ed Ática, 2000.
Material didático Dom Bosco
TOMAZI, N. D. Sociologia para o ensino médio. São Paulo: Atual Editora, 2007.
Link para o Documentário “O silêncio dos homens”: https://youtu.be/NRom49UVXCE
Site de referência: https://papodehomem.com.br/silencio
CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ed Ática, 2000.
Material didático Dom Bosco
TOMAZI, N. D. Sociologia para o ensino médio. São Paulo: Atual Editora, 2007.
Link para o Documentário “O silêncio dos homens”: https://youtu.be/NRom49UVXCE
Site de referência: https://papodehomem.com.br/silencio