Eu, o outro e nós
Estado: Rio de Janeiro (RJ)
Etapa de Ensino: Ensino Fundamental I
Modalidade: Educação Regular
Disciplina: Artes, Língua Portuguesa
Formato: Presencial
Licenciado em Pedagogia e Educação Artística e Especialista em Gestão Educacional, Educação Inclusiva e Diversidade e Arte Educação. Tem experiência em diferentes funções e redes municipais e estadual (Docência na Educação Infantil, Anos Iniciais, Classe Especial, Curso de Formação de Professores e Coordenador Pedagógico). Entre 2017 e 2020, realizou a pesquisa intitulada "Percepções de masculinidade na formação docente", no Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (CAP-UERJ), onde investigou a construção dos conceitos de masculinidade, gênero, sexualidade e diversidade em uma escola da rede estadual, na zona norte do Rio de Janeiro. Integra o BAFO - Bando de Estudos e Pesquisa em Currículo, Ética e Diferença (CNPQ-UFRJ), coordenado pelo professor Thiago Ranniery Moreira de Oliveira.
Objetivos
Conteúdo
- Diversidade
- Diferença
- Masculinidade
- Gênero
Metodologia
Objetivos
- Problematizar concepções naturalizadas e desconstruir atividades e papeis sociais relacionados ao gênero no cotidiano familiar.
- Desconstruir atitudes discriminatórias acerca dos corpos e ações referentes ao masculino e ao feminino à luz da literatura infantil.
- Fomentar a construção de novos olhares acerca da estética do corpo e da sexualidade nas relações familiares, sociais ou de forma diversa.
Desenvolvimento da atividade
Com estudantes em círculo, inicialmente será realizada a contação da história da Cinderela com a aproximação das tarefas domésticas e dos papeis de quem usualmente as realiza no contexto de cada aluno estabelecendo relação com a história.
Em continuidade, será contada a versão do livro Príncipe Cinderelo 3, no formato em desenho, conversando sobre as atividades que o personagem realiza e quais as crianças fariam ou não no lugar do “Príncipe” existisse atualmente. Em seguida, será realizado um debate sobre quem é o príncipe para cada um dos alunos e o que é ser príncipe. No final será realizada a dramatização da história com outras atividades que eles relatarem que os homens que convivem com eles fazem.
Oficina 2: Uma Turma Muito Especial
Objetivo
Educar para o respeito à diferença de cada pessoa, com incentivo à curiosidade e criticidade diante da opinião dos demais colegas acerca do que for problematizado no coletivo.
Desenvolvimento da atividade
Será realizada a leitura do poema ou a contação da obra “Diversidade”, de Tatiana Belink. Em seguida, serão apresentadas aos alunos algumas características que aparecem no texto e estes serão solicitados a falar sobre elas, caso se identifiquem com alguma. Em seguida, os estudantes serão solicitados a realizar uma produção textual coletiva em que as qualidades serão substituídas pelos nomes dos alunos e uma atividade de recorte de silhuetas de crianças. No final será feito um cartaz coletivo com as silhuetas dos alunos.
Oficina 3: a escola que eu quero pra mim
Objetivo
Levantar visões e ampliar olhares sobre o que é a escola, enquanto espaço de saberes e sentidos, compreendendo qual escola o aluno vislumbra na perspectiva de uma atuação inclusiva.
Desenvolvimento da atividade
Inicialmente os alunos falarão sobre o que gostam e o que não gostam na própria escola. Depois será registrado em um bloco de papel ou no quadro todos os comentários levantados coletivamente e os alunos ilustrarão, no coletivo, como seria a planta/estrutura física desta escola “ideal”. Em seguida será contada a história A escola que eu quero pra mim e os alunos farão marcações com o/a professor/a sobre os elementos apresentados pela obra e os que foram idealizados por eles.
Oficina 4: Homem Chora?
Objetivo
- Possibilitar a vivência de situações relacionadas ao cotidiano familiar ou escolar, no que se refere à constituição de representação de suas emoções e sentimentos.
- Conhecer as representações sociais das meninas e meninos à luz do comportamento do responsável de referência para ele, oportunizando a expressão de cruzamentos e diferenças na construção de comportamentos com referências aos responsáveis pelo aluno, bem como a situações do cotidiano e à atitude de expressar sentimentos ou emoções.
Desenvolvimento da atividade
Será contada a história “Homem não chora”, de Flávio de Souza, com o recurso de teatro de varas ou com fantoches, estimulando os alunos a assumir diferentes papeis dos personagens do texto, incluindo:
- Contextualizar a parte da história que aponta a dificuldade de ir à escola se estiver com problemas na convivência familiar e como as pessoas lidam com tal situação.
- Questionar se alguém já chorou escondido ou se já viu algum familiar chorando e como o aluno se comportou diante desta situação.
Poderão ser discutidas e contextualizadas diferentes representações sociais das emoções e os alunos poderão relatar “quando se sentem assim”, explicando situações que os representem em diferentes espaços sociais, buscando ampliar repertórios e justificativas de semelhanças e diferenças entre os relatos apresentados.
Oficina 5: Trocando papeis
Objetivo
Oportunizar a simulação de dilemas que os alunos podem vivenciar, como aqueles relacionados à identidade e/ou a questões pessoais, respeitando as características individuais.
Desenvolvimento da atividade
Será contada a história: a zebrinha preocupada, que retrata a inclusão/adaptação de um animal que convive com outros. Na história os outros animais comentavam o fato de a personagem ter um corpo diferente dos demais e do papel de outro animal em auxiliar nessa situação, por também ser diferente de seu grupo.
Em seguida, na sala será proposta uma discussão sobre uma situação parecida na escola: os alunos relatarão situações que vivenciaram em que os colegas o excluíram: uso de óculos, tirar boas notas, ser tímido, ter cor de pele diferente, característica física diferente das demais, entre outras.
Cada um será solicitado a explicar para os colegas o que sentiu e como é contar com um amigo que o ajuda em tal situação.
Oficina 6: Coisas de Menino, Coisas de Menina
Objetivo
Ampliar as questões a serem confrontadas diante de papeis, brincadeiras e comportamentos naturalizados para meninos e meninas, ampliando as conexões entre eles.
Desenvolvimento da atividade
Será contada a história “A Menina e o Jogo de Bola”, de Rosângela Trajano, que retrata a preferência de jogar futebol com os meninos e não gostar de usar vestidos e laços na cabeça. Em seguida, os alunos serão ouvidos sobre sua opinião acerca da história e da parte que mais gostaram, ressaltando a importância do esporte e da atividade física.
Retrataremos imagens de mulheres e homens no esporte e será apresentada a composição de uma equipe esportiva, de forma que os alunos possam perceber que a mulher pode desempenhar diferentes papeis e funções no esporte. No final será simulado o treinamento de um time de futebol.
Recursos Necessários
Duração Prevista
Processo Avaliativo
Referências Bibliográficas
LOPES, Z. A.; NASCIMENTO, C. C. G. A inserção do professor na Educação Infantil: um estudo sobre as relações de gênero. In: VII Congresso Internacional de estudos sobre diversidade sexual e de gênero da ABEH. 2012. Disponível em https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/9038