Empodere Suas Crianças

Estado: Rio Grande do Norte (RN)

Etapa de Ensino: Educação Infantil - Creche, Educação Infantil - Pré-Escola, Ensino Fundamental I

Modalidade: Educação Escolar Quilombola

Disciplina: Artes, História

Formato: Híbrido

Educadora, formada em pedagogia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, especialista em história e cultura afrobrasileira, pesquisa as Pretagogias, relações étnico-raciais, e os processos de ensino-aprendizagem baseados nos saberes e cosmovisões africanas, desenvolve o conceito "Pedagopreta" partindo das escrevivências de mulheres-negras-educadoras e dos saberes perpetuados por suas mais velhas. Nascida em Natal-RN, carrega na sua ancestralidade a cultura popular, neta da Mestra Dona Nazaré do Pastoril de Muriú (Ceará Mirim -RN), é brincante, dançarina popular, atriz e uma das fundadoras da Nação Zamberacatu, primeira Nação de maracatu do estado do RN. Cantora e compositora, assina seus trabalhos como "Iyalê", escreve sobre ser mulher, negra, mãe, nordestina e de axé, poetizando suas subjetividades e acreditando na música, na poesia e na ancestralidade como espaços de cura, fortalecimento e emancipação. É afroempreendedora, idealizadora da Mãe Preta, marca de pesquisa e difusão da cultura e estética africana e afrobrasileira, a partir da confecção de roupas, acessórios e da realização de atividades sócio-educativas e culturais. Através da Mãe Preta circulou com um projeto independente denominado “Empodere suas crianças”, promovendo uma Oficina de Construção e Afirmação da Identidade Negra, voltada para crianças e educadores da Educação Infantil e Ensino Fundamental I. Dentro dos seus trabalhos milita na discussão sobre raça, gênero, cultura popular, religiosidade negro africana e educação.

Objetivos


  • Contribuir com implementação da Lei 10.639/03 para o Ensino de História e Cultura Africana e Afro-brasileira;

  • Proporcionar a crianças negras e não negras referenciais positivos a cerca de negritude, fortalecendo o processo de construção de identidades que respeite e valorize a diversidade étnico-racial;

  • Combater o racismo na escola a partir de uma perspectiva afrocentrada;

  • Combater a intolerância religiosa e utilizar os saberes ancestrais e valores culturais africanos como ferramentas emancipatórias e descolonizadoras;

  • Contribuir para a construção de uma infância livre, autônoma e parceira na mudança social!

Conteúdo

 

  • Corpo e Movimento:

  • Identidade e Ancestralidade

  • Linguagem

  • História

  • Artes

Metodologia

CORPO E MOVIMENTO:
Coco de Roda: "quem é que veio hoje?"
A partir da utilização do canto, do ritmo e da corporeidade do coco de roda, conhecemos uns aos outros e um pouco das referências musicais e instrumentos herdados de África, em uma brincadeira cheia de alegria inspirada nas rodas de coco, manifestação popular nordestina e afro-brasileira.

IDENTIDADE E ANCESTRALIDADE
"Oxum e o Abebé"- Quem sou? Com Quem Pareço e De Onde Vim?
Utilização do livro Omo Obá (Kiusam de Oliveira). A partir da leitura da história e de uma dinâmica onde paramos para nos olhar no espelho, nos (re)conhecemos e (re)contamos nossa história.

LINGUAGEM
Afrobeto: "O alfabeto que conta nossa história"
Construção de um alfabeto ilustrado com palavras herdadas da cultura africana e afro-brasileira.

HISTÓRIA
Turbante: Estética, cultura e ancestralidade
A partir da construção de uma ofina de turbante, conversamos sobre a história desse acessório e descobrindo que somos descendentes de reis e rainhas e que proteger a cabeça é uma saber ancestral passado pelas Iyalorixás e perpetuado pelos povos de terreiro até hoje

ARTES
Conhecendo: Edward Said Tingatinga
Atividade de pintura: Releituras de obras de Tingatinga

CORPO E MOVIMENTO
Brincadeira Africana: “Txu txu txomela”

Recursos Necessários

Som; livro Omo Obá; espelho; tinta guache colorida; cartolina branca; tiras de tecido (1,50m de comprimento por 20cm de largura); tesoura; revista para recorte; lápis de cor; lápis grafite; cola; hidrocor.

Duração Prevista

Cada atividade pode durar de 20 a 60 minutos dependendo do tamanho da turma, podem ser divididas em duas atividades por encontro, totalizando três encontros.

Processo Avaliativo

Todo o processo avaliativo será através de uma roda de acolhimento, conversa e escuta afetiva, onde iremos falar nossas impressões, sensações e aprendizagem.

Referências Bibliográficas

BRASIL. Orientações e Ações para a educação das Relações Étnico-Raciais. Brasília: SECAD, 2006. Ministério da Educação (MEC).

____________. Diretrizes Curriculares Nacionais, para a Educação das Relações ÉtnicoRaciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Ministério da Educação (MEC), Conselho Nacional de Educação, Brasília, 2004.

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