Dixie Chicks na Luta contra Violência Doméstica na Aula de Inglês

Estado: Pernambuco (PE)

Etapa de Ensino: Ensino Fundamental II, Ensino Médio

Modalidade: Educação Profissional Tecnológica

Disciplina: Inglês

Formato: Presencial

Professora de inglês; doutora em linguística pela UFPE; professora adjunta da Licenciatura em Letras da UFRPE-UAST; tradutora inglês-português; coordenadora do Dadá: grupo de estudos de gênero, sexualidade e saúde; integrande da Rede Interdisciplinar de Mulheres Acadêmicas do Semiárido-RIMAS.

Objetivos


  • Desenvolver repertório lexical relacionado à crimes de violência contra mulher por meio da canção country Goodbye Earl das Dixie Chicks;

  • Desenvolver estratégias de leitura usando o gênero letra de música para compreensão geral e detalhada do texto;

  • Analisar a estrutura potencial do gênero letra de música, especificamente nas características da música country;

  • Interpretar com base em pistas audiovisuais o videoclipe da canção Goodbye Earl, das Dixie Chicks;

  • Relacionar a construção do audiovisual do videoclipe com a letra da música da canção em que se baseia;

  • Sensibilizar o uso da linguagem informal e dos sotaques da língua inglesa fora do standard;

  • Debater criticamente soluções para situações de violência doméstica.

Conteúdo


  • Estratégias de leitura de textos verbais em língua inglesa para informações amplas e específicas;

  • Estratégias de leitura de textos audiovisuais em seus aspectos narrativos;

  • Repertório lexical de violência contra a mulher;

  • Usos informais da língua inglesa;

  • Letramento crítico em língua inglesa.

Metodologia

A metodologia para o plano de aula toma por base a pedagogia de multiletramentos (COPE, KALANZTIZ, 2009; ROJO, 2012) e o trabalho com gêneros textuais para letramentos críticos (CANAGARAJAH, 2014; CERVETTI, PARDALES, DAMICO, 2001) pensando que textos não são produtos sem condicionantes históricas e sociais para sua circulação nem privados de conteúdo ideológico. Outrossim, centrado no uso de língua inglesa, a concepção de língua inglesa como língua franca/internacional (JORDÃO, 2014; TAGATA, 2017), ou seja, uma língua que não pertence a um dado povo situado em um lugar geográfico estanque com o nativo como modelo de cidadão e falante a ser seguido, mas uma língua que promove a comunicação entre sujeitos de diferentes contextos e repertórios linguísticos (RAJAGOPALAN, 2003, 2004). Além disso, essa perspectiva de ensino de inglês permite reconfigurar a relação língua e cultura, a ser promovida de forma crítica (CANDAU, 2016; WALSH, 2010) e a partir da cultura nativa do aluno, da cultura alvo (de país ou países onde o inglês é falado como primeira língua) e de cultura(s) internacional(is), usando materiais que abordem uma grande variedade de culturas de países que falam inglês ou não, em todo o mundo (CORTAZZI & JIN, 1999; MCKAY, 2003). Perpassando as escolhas apresentadas até aqui está o alinhamento com pedagogias feministas que acreditam no poder de libertação e transformação da sociedade (hooks, 2017; KOROL, 2007; OCHOA, 2008). Para a aula, considera-se que os alunos já conhecem tempos verbais simples da língua inglesa (presente) e acumularam repertório lexical de verbos de ação e atividades do cotidiano. Salienta-se que o centro da aula são atividades de leitura mediada pela professora tanto na aproximação do texto escrito quanto no debate das questões culturais. O plano é elaborado para propiciar não somente análise da língua, mas seu uso de modo concentrado e plausível para os estudantes.

Recursos Necessários

Cópias dos materiais impressos em número suficiente; aparelho para reprodução da faixa de áudio; datashow e dispositivo para reprodução do videoclip da música; caneta para quadro branco, quadro branco; laboratório da escola.

Duração Prevista

A proposta compreende três horas aula de 50 minutos. A primeira para o contato inicial com o tema e a música; a segunda para exploração da letra da música; a terceira para produção dos alunos.

Processo Avaliativo

A professora em seu papel mediador deverá monitorar o desenvolvimento de discentes durante as atividades de leitura e compreensão, inclusive durante a correção das mesmas, salienta-se que o uso da língua inglesa será critério predominante em todas as atividades de leitura e compreensão; o debate na atividade de letramento crítico deve ser mediado de modo a solicitar engajamento e participação de diferentes vozes em aula; o Song Wall proposto também permite uma consideração avaliativa sobre o tema e iniciativa de participação de discentes; atividade de produção final será avaliada em seu processo por meio da cooperação e organização do trabalho de pesquisa e em seu produto final.

Observações

O plano pode ser usado tanto na modalidade presencial quanto adaptado para o ensino remoto.

Referências Bibliográficas

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CANAGARAJAH, S. In Search of a New Paradigm for Teaching English as an International Language. In TESOL Journal, vol. 5, n.4, pp. 767-785, 2014, Disponível em: https://www.academia.edu/11700982/In_search_of_a_new_paradigm_for_teaching_English_as_an_International_Language Acesso em 19 nov. 2020

CANDAU, V. M. F. Cotidiano escolar e práticas interculturais. In Cad. Pesquisa, vol.46, n.161, pp.802-820, 2016.

CERVETTI, N.; PARDALES P. & DAMICO, G. A tale of differences: comparing the traditions, perspectives, and educational goals of critical reading and critical literacy. 2001. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/334372467_A_Tale_of_Differences_Comparing_the_Traditions_Perspectives_and_Educational_Goals_of_Critical_Reading_and_Critical_Literacy. Acesso em: 19 nov. 2020.

COPE, W.; KALANTZIS, M. Multiliteracies: New Literacies, New Learning. In Pedagogies, n. 4, p. 164-195, 2009. DOI 10.1080/15544800903076044.

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BHATIA, V. BREMNER, S. (eds.). The Routledge Handbook of language and professional communication. New York: Routledge, 2014.

HEMAIS, B. J. Gêneros discursivos e multimodalidade: desafios, reflexões e propostas no ensino de inglês.SP: Pontes , 2015.

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