Corpo e fala: resistências à violência de gênero

Estado: Rio de Janeiro (RJ)

Etapa de Ensino: Ensino Médio

Modalidade: Educação Regular

Disciplina: Sociologia

Formato: Híbrido

Professora de Sociologia na Educação Básica, desde 2005, tendo atuado na rede estadual do Rio de Janeiro, FAETEC e instituições privadas de ensino. Mestre em Sociologia e Antropologia pelo PPGSA-UFRJ, Bacharel e Licenciada também pela UFRJ. Atualmente, professora do Departamento de Sociologia do Colégio Pedro II e Diretora Pedagógica do Campus Niterói.

Objetivos


  • Analisar de que forma as violências de gênero têm como objeto da violência o corpo;

  • Entender a importância da liberdade de expressão (inclusive, corporal) como direito humano fundamental, premissa da luta por outros direitos;

  • Perceber a violência de gênero como negação da liberdade de expressão, pois limita o espaço de atuação do feminino;

  • Utilizar e desenvolver formas de linguagem que requerem habilidades tradicionalmente desvalorizadas pela cultura escolar no Ensino Médio; como as habilidades artesanais e artísticas;

  • Promover uma educação de fato inclusiva através da centralidade dada a temas (como gênero e corpo) e práticas (escuta, estímulo à sensações, emoção e afeto) secundarizadas ou marginalizadas pela educação formal de jovens e adolescentes, significando a proposta pedagógica.

Conteúdo


  • Direitos Humanos;

  • Gênero;

  • Interseccionalidade;

  • Violência de gênero.

Metodologia

A metodologia se utiliza de recursos ativos, como a sala de aula invertida e ferramentas digitais disponíveis online, como o Formulário Google.

Os textos para leitura prévia podem ser disponibilizados em plataformas de ensino à distância ou e-mail, além da indicação da leitura de textos didáticos.

1. Leitura prévia de texto didático e encontro sobre o texto: apresentação da noção de Direitos Humanos, com foco no tema da liberdade de expressão;

2. Leitura prévia de texto didático e encontro sobre o texto: apresentação do conceito de gênero;

3. Sarau "O corpo em movimento": atividade na qual estudantes possam apresentar poesias, músicas, jogos, danças, com lanche coletivo, tendo como objetivo aproximar as e os estudantes e educadores, estimulando sensações e afetividade, trazendo o corpo como instrumento principal da ação;

4. Apresentação da proposta da 1ª etapa do trabalho (pesquisa realizada on line), divisão das tarefas;

5. Leitura prévia de texto didático e encontro sobre a perspectiva interseccional;

6. Debate sobre violência de gênero com base na leitura prévia do texto de Eliane Brum (adaptado);

7. Leitura prévia do texto "Uma breve história do silêncio" de Rebecca Solnit (adaptado) e debate sobre silenciamento e opressão;

8. Apresentação da 2ª etapa do trabalho (produção de pôsteres) e divisão dos grupos;

9. Apresentação dos resultados da pesquisa e debate sobre violência de gênero sofrida por jovens mulheres, com o recorte de classe e raça;

10. Apresentação dos pôsteres em sala;

11. Organização de murais com os postêres e os resultados da pesquisa.

Recursos Necessários


  • Projetor;

  • Aparelhagem de som;

  • Cópias impressas de textos

  • Computadores com acesso à internet

  • Livro didático.

Duração Prevista

10 encontros, perfazendo um trimestre.

Processo Avaliativo

1. Participação e engajamento nos encontros e atividades propostas;

2. Trabalho dividido em duas etapas:

a) Etapa 1 (toda a turma envolvida): Aplicação do questionário sobre violência de gênero para todas as estudantes da escola via formulário google on line (o questionário, sem identificação, com respostas fechadas e uma questão aberta, pode ser construído em conjunto com as e os estudantes da turma);

b) Etapa 2 (turma dividida em grupos): cada grupo deve selecionar uma das respostas à questão aberta e representar visualmente a resposta escolhida, elaborando um pôster. O poster pode ser feito através de desenhos, pinturas, colagens, softwares gráficos e outros (Na apresentação da etapa, apresentar os pôsteres realizados para concurso "Poster for tomorrow" disponíveis em http://www.posterfortomorrow.org/, como fonte de inspiração)

Observações


  • Sugestão para questão aberta questionário on line: "Qual foi a pior frase que você já ouviu por ser mulher?"

  • Outra sugestão é que o questionário apresente questões sobre raça/cor e renda per capita familiar, possibilitando a análise dos resultados em uma perspectiva interseccional.

Referências Bibliográficas

AKOTIRENE, C. Interseccionalidade. São Paulo: Pólen, 2019.

BRUM, E. #EleNão. #NósSim. El País. Disponível em: Acesso em: 04 nov. 2020.

LOURO, G. L. et al. (org) Corpo, gênero e sexualidade. Um debate contemporâneo na educação. Petrópolis: Vozes, 2016.

________ . O corpo educado. Pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.

SACAVINO, S. B. et al. Direitos das mulheres: compromisso de todos/as. Oficinas pedagógicas para professoras/es. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2017.

SILVA, A. et al. Sociologia em movimento. São Paulo: 2016.

SOLNIT, R. A mãe de todas as perguntas. Reflexões sobre os novos feminismos. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.

DOWNLOAD