Juventudes no #8M: Ação Educativa realiza encontro no Dia Internacional das Mulheres
Evento reuniu jovens e integrantes da Ação Educativa para preparar cartazes para Marcha das Mulheres em São Paulo e levantar demandas para a educação, cultura e orçamento.
O dia 8 de março da Ação Educativa foi marcado pela presença da juventude em seu prédio. Antes de ir até o ato do Dia Internacional das Mulheres de São Paulo, na Avenida Paulista, jovens e integrantes da Ação Educativa organizaram uma roda de conversa sobre suas perspectivas em torno do feminismo antirracista e sobre demandas para a educação, cultura, orçamento e para as políticas de juventude.
A atividade fez parte da campanha Gênero nos Planos, que tem como objetivo ecoar que a igualdade de gênero esteja no novo Plano Nacional de Educação, para o decênio de 2024-2034. O encontro foi realizado pelos projetos Gênero e Educação, Iniciativa De Olho nos Planos, Tô no Rumo e Mude com Elas.
O que rolou no encontro
Durante o encontro, foi destacada a importância da participação da juventude para a construção das políticas educacionais, como ocorreu durante a Conferência Livre de Educação realizada com jovens pela Ação Educativa em outubro de 2023, como parte do processo da Conferência Nacional de Educação (Conae). Os levantamentos dos jovens foram encaminhados para a etapa municipal de São Paulo da CONAE. As etapas da Conae foram organizadas com o objetivo de elaborar o novo Plano Nacional de Educação (PNE), principal instrumento da política educacional brasileira, que terá vigência de 2024 a 2034.
Pensando nesse momento político para a política educacional brasileira, Bárbara Lopes, coordenadora do projeto Gênero e Educação da Ação Educativa, explica que a participação da juventude é crucial para o desenvolvimento da qualidade da educação. “Existe um mito de que a juventude de hoje é apática e desinteressada. Mas quando temos espaços efetivos de participação e diálogo, vemos jovens atuantes pela melhoria da educação, que demandam o debate sobre questões de gênero, raça e sexualidade nas escolas. São temas que se ligam ao enfrentamento das violências e das desigualdades, que são parte de uma relação de pertencimento e acolhimento nos espaços educativos” afirma Lopes.
Ida até a Marcha das Mulheres
Após a roda de conversa, os participantes se organizaram para confeccionar cartazes para o ato das mulheres. De imagens de Lélia Gonzalez a frases que marcaram a história, como “Quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela”, de Angela Davis, era nítida a presença da trajetória de mulheres negras nas mensagens dos materiais produzidos após o bate-papo de abertura do encontro.
Segundo Vanessa Cândida, assistente das áreas de Educação e Juventude da Ação Educativa, a juventude tem colocado cada vez mais a necessidade de repensar e aprofundar as pautas do movimento feminista. “A presença das juventudes negras e periféricas, nesses e em outros espaços de mobilização, provocam a necessidade de se considerar as vozes de jovens, mulheres, pessoas pretas, que foram historicamente apartadas dos processos de participação e decisão nesse país e que, através da organização coletiva nos movimentos sociais, têm lutado para a mudança desse cenário, seja a nível local, regional ou nacional”, descreve Cândida.
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Acesse os materiais da campanha #FiqueDeOlho: Gênero nos Planos Já