Relações de Gênero nas aulas de Educação Física

Estado: Ceará (CE)

Etapa de Ensino: Ensino Médio

Modalidade: Educação Regular

Disciplina: Educação Física

Formato: Híbrido

Possui graduação em Educação Física (2016) e Mestrado em Educação pela Universidade Regional do Cariri - URCA (2021). Atua como professora no curso de Educação Física da Universidade Regional do Cariri, e como Professora de Educação Física na Prefeitura Municipal de Missão Velha, Ceará. É pesquisadora nas áreas de Educação Física Escolar e Educação Física e Gênero.

Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (2001), mestrado em Bioprospecção Molecular pela Universidade Regional do Cariri (2009), doutorado em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde pela Universidade Federal de Santa Maria (2012) e pós-doutorado em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará. Atualmente é Professor Adjunto do Departamento de Enfermagem da Universidade Regional do Cariri. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: sexualidade, enfermagem, gravidez, saúde da mulher e comportamento sexual.

Objetivos

Objetivo geral:

Promover discussões acerca das relações de gênero nas aulas de disciplina de Educação Física.

Objetivo específicos:

Apresentar os principais conceitos acerca de gênero e sexualidade, e suas relações com a Educação Física.

Refletir sobre as problemáticas relacionadas à desigualdade de gênero na Educação Física.

Oportunizar o debate de temas como LGBTQIAPN+fobia, racismo na Educação física e no esporte e inclusão de pessoas trans no esporte.

Conteúdo


  • Gênero e Diversidade;

  • Interseccionalidade na Educação Física e no esporte;

  • Gênero no Esporte - Acesso de mulheres às práticas esportivas;

  • A problemática da desigualdade de gênero na Educação Física;

  • Transgêneros no esporte.

Metodologia

A primeira fase da proposta acontecerá através da aplicação de um questionário aos/às estudantes.  O questionário consistirá em perguntas simples, de fácil entendimento, sobre gênero e diversidade. O objetivo desta fase é realizar um levantamento dos conhecimentos prévios do grupo acerca da temática de gênero e diversidade, e identificar as principais necessidades e dúvidas.   

A segunda fase será realizada por meio de uma intervenção pedagógica prática com os/as estudantes. Os objetivos dessa fase são: apresentar conceitos relacionados a gênero e sexualidade, discutir acerca das relações de gênero e raça nas aulas de Educação Física e problematizar as desigualdades relativas a gênero e/ou sexualidade nas aulas de Educação Física e nos esportes.

A proposta é de que a intervenção tenha duração de quatro meses e ocorra por meio de atividades teóricas e práticas, que ocorrerão durante as aulas de Educação Física.

 

Cronograma de conteúdos e objetivos de cada tópico da proposta

 

Tópico I – Gênero e diversidade

  • Exposição dos conceitos referentes a gênero e diversidade;


 

Nesse momento, a discussão se inicia com a apresentação dos resultados obtidos através do questionário que foi inicialmente aplicado aos/às alunos/as. 

Os temas a serem expostos neste momento são: o conceito de gênero; o contexto histórico dos estudos de gênero e os principais conceitos relacionados à temática (Diferenciação de Gênero e sexo, conceito de diversidade, conceito de identidade de gênero, conceito de sexualidade e conceito de orientação sexual).

Autores/ materiais que serão utilizados para esta discussão: Beauvoir (1949), Rubin (1975), Butler (1990), Scott (1990),  Apostila do CEPESC - Gênero e Diversidade na escola - Carrara et al. (2009).

 

  • Apresentação do Vídeo: Berenice Bento discute o que é gênero;

  • Proposta de atividade: Refletir sobre como a escola lida com pessoas que vivem o gênero de uma forma não cisgênera e heteronormativa.


 

Tópico II – Interseccionalidade

Nesse momento, serão apresentados conceitos acerca do racismo relacionado à disciplina, como: estudos que identificaram as aulas de Educação Física como um momento no qual o racismo tende a ser mais percebido por professores e professoras; dados estatísticos sobre o número de atletas negros e negras no esporte de alto nível; atos racistas ocorridos em competições esportivas, dentre outros.

  • Apresentar e discutir o conceito de Interseccionalidade;


Esta discussão se inicia através do questionamento aos/às estudantes acerca do conceito de interseccionalidade, para compreender o entendimento da turma acerca do tema. Após esse momento, será apresentado o conceito através da teoria interseccional de Davis (2016), que reflete principalmente sobre como as categorias socialmente construídas interagem criando hierarquias na sociedade.  Outros materiais utilizados nessa discussão serão os dados do IBGE (2018), os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2015, e dados do estudo “Interseccionalidade: Duas (ou mais) vezes discriminação” de 2020, disponível em https://www.colab.re/conteudo/interseccionalidade.  

  • Roda de conversa sobre a intersecção de gênero, raça e classe social no esporte, apresentando conceitos e dados estatísticos sobre racismo na Educação Física e no esporte.


A roda de conversa terá início com a apresentação dos principais resultados do estudo “Interseccionalidade no Esporte”, de Calheiro e Oliveira (2018), que teve como objetivo refletir sobre a divisão racial e sexual do esporte no Brasil. Ao apresentar estes dados, que refletem como o racismo estrutural afeta de forma decisiva o esporte de alto nível, será questionado aos/às estudantes como estas/as visualizam o racismo nas aulas de Educação Física. Ao final da roda de conversa, será levantada uma discussão sobre os impactos do racismo na sociedade e nas aulas, bem como, uma reflexão acerca de estratégias para eliminar possíveis situações de racismo durante as aulas.

  • Leitura do texto: Relações raciais e de gênero: a Educação Física escolar na perspectiva da alquimia das categorias sociais, de Corsino e Auad, Juiz de Fora, Minas Gerais, 2014. http://educa.fcc.org.br/pdf/eduteo/v24n45/v24n45a06.pdf 

  • Aula prática: Desenvolvimento de atividades e jogos de matrizes africanas.


Inicialmente, será realizada uma breve discussão acerca do texto lido anteriormente. Cursino e Auad refletem sobre como as diferenças hierarquizadas estão intrinsecamente relacionadas aos conflitos raciais e ao modo como as/os professores/as lidam, usualmente de modo desigual, com alunos e alunas. A autora e o autor identificam no texto que o debate acerca das relações de gênero na Educação Física encontra-se em crescimento, o que não acontece com a temática racial, que não situa-se em discussão nem na Educação Física Escolar, tampouco nos cursos de formação de professores, fato que corrobora para que a Lei 10.639/03 não seja efetivamente aplicada. 

Nesse sentido, a parte prática da aula irá propor atividades em  que possam ser discutidos aspectos voltados à cultura africana e afro-brasileira, bem como, brincadeiras em que se desenvolvam práticas antirracistas.

Como uma das opções de atividades para serem realizadas nesta aula, podemos citar o Tabuleiro de Mancala, que consiste em uma importante ferramenta para abordar a africanidade nas aulas de Educação Física. Os jogos de Mancala geralmente utilizam sementes como peças, e o movimento destes objetos pelo tabuleiro simboliza algo sagrado para algumas tribos africanas, pois é a representatividade cíclica da vida em uma movimentação contínua (PEREIRA e CUNHA, 2016, p.107). Ao conhecer o jogo Mancala, os alunos terão a oportunidade de aprender sobre os Faraós egípcios e os riquíssimos Reis do Mali, personagens que outrora compunham a nobreza africana e praticavam este jogo, surgindo diante disso a oportunidade de se estudar e conhecer uma África de riquezas que contrasta com o cenário de pobreza e mazela a qual o continente é rotulado (FERNANDES, 2016). Portanto, diante da necessidade de se trabalhar o tema matriz africana na escola, concomitantemente nas aulas de Educação Física, o jogo mostra-se como uma ferramenta facilitadora dentro desse processo, pois leva aos alunos questões da cultura africana, como por exemplo: a oralidade, o pensamento cíclico, a importância da semeadura e da relação destes povos com a terra, possibilitando assim a valorização da cultura de matriz africana ao se trabalhar questões voltadas à autoestima do aluno negro, que pouco se vê representado nos conteúdos escolares (PEREIRA e CUNHA, 2016)

Outra atividade muito interessante que pode ser realizada nesse contexto é a oficina de toques de berimbau. Na Capoeira, os toques de berimbau possuem significados e simbologias diferentes, que refletem aspectos acerca da história dessa luta de origem afro-brasileira. “Angola”, “Regional”, “Iúna” e “Cavalaria” são exemplos de toques de berimbau. Cada um possui uma história diferente, que pode e deve ser utilizada como elemento educativo para refletir sobre a importância e representatividade da Capoeira no nosso país. 

 

Tópico III – Gênero e Esporte

  • Discutir sobre as dificuldades do acesso das mulheres às práticas esportivas. Nesse momento, será apresentado um histórico acerca da participação feminina no esporte brasileiro, citando Leis e decretos que proibiam as mulheres historicamente de realizar práticas esportivas no nosso país, refletindo o quanto esses fatos históricos ainda repercutem e prejudicam a participação das mulheres no esporte atual. Nesta mesma aula, serão apresentadas, também, importantes referências femininas, como: as jogadoras brasileiras que enfrentaram o sexismo e fizeram história no esporte nacional; as principais jogadoras de diferentes modalidades, etc.

  • Roda de conversa sobre a presença do corpo trans no esporte.


A discussão será iniciada relembrando os conceitos de identidade de gênero e transgeneridade. Após isso, serão apresentados alguns aspectos que envolvem a relação do corpo biológico e questões de gênero (utilizando o material presente no tópico III do Caderno de conteúdo elaborado para essa formação). Acerca da transição de gênero, será discutido sobre o quanto aspectos físicos, emocionais, sociais e psicológicos são afetados durante este processo. Para a relação com o esporte, o estudo de Joanna Harper, realizado em 2016, poderá ser apresentado para evidenciar e comprovar cientificamente que atletas mulheres trans que disputam modalidades de alto nível, não possuem vantagens físicas, se comparadas às demais atletas cisgenero, pois, os aspectos físicos, sociais e psicológicos inerentemente afetados durante a transição hormonal (que é obrigatória dos caso de atletas que realizam competições), afetam negativamente a vida destas pessoas, não podendo ser visto como algo que as beneficia fisicamente.

O caso da atleta de vôlei brasileira Tiffany Abreu também pode ser citado para corroborar com essa discussão, pois, ao ter a sua performance em quadra analisada por uma série de especialistas, foi comprovado que, o fato da atleta ser uma mulher trans e ter anteriormente participado de competições na equipe masculina, não a beneficia, nem física, nem emocionalmente, e pode, pelo contrário, prejudicar a sua participação no esporte.

Após essas explanações, abrir espaço para que os/as estudantes possam expor as suas opiniões sobre o assunto. Essa discussão deve ser conduzida respeitando a opinião de todos/as, e abrindo espaço para que livremente os/as alunos/as discutam sobre o tema, sem que para isso, precisem chegar a uma só conclusão. 

  • Propor uma reflexão sobre a igualdade de gênero no esporte.

  • Leitura do segundo capítulo do Livro "Educação Física, Esporte e “Queer”: Educação Física escolar e o trato pedagógico com o esporte: proposições contrassexuais: Heterocentramento da Educação Física escolar: O Esporte como tecnologia heteronormativa.

  • Aula prática: Esportes que promovam a igualdade de participação de todas/todos/todes.


Essa aula será realizada na quadra da escola, com o desenvolvimento de atividades práticas.

Inicialmente, ocorrerá uma breve discussão sobre  igualdade de gênero nos esportes, refletindo sobre os dados apresentados anteriormente acerca da história das mulheres no esporte e as dificuldades da participação feminina nas práticas esportivas até os dias de hoje. Após esse momento, serão explicadas as atividades que serão desenvolvidas nesta aula. 

  • A primeira atividade será um jogo adaptado de basquetebol, em que os estudantes estarão divididos em equipes mistas e terão como objetivo a realização de cestas (colocação da bola na cesta de basquete). Ganha a equipe que fizer o maior número de cestas. Regras da atividade: cada estudante só poderá fazer uma cesta durante o jogo; a cesta só valerá se a bola tiver passado pela mão de todos/as da equipe.

  • Esta metodologia pode ser utilizada também nesta ou em outras aulas, com os demais esportes de quadra: futsal, handebol, vôlei, etc., objetivando que todos/as os/as estudantes “peguem” na bola, e não apenas os  meninos ou os/as estudantes mais habilidosos (como é comum observar historicamente nas aulas de Educação Física, principalmente em esportes como futsal e futebol).

  • A segunda atividade será um circuito em forma de estafetas, que deverá ser percorrido pelos/as estudantes que estarão divididos em quatro equipes mistas. Serão formados, então, quatro circuitos, que terão diferentes etapas. Em cada etapa, os/as estudantes deverão responder perguntas para seguirem no circuito. As perguntas que constarão nas etapas serão referentes à participação feminina nos esportes, trazendo conteúdos que foram anteriormente apresentados nas aulas, como exemplos das questões: “Cite o nome de uma jogadora brasileira de voleibol”; “A jogadora Marta, ganhou quantas vezes o troféu de melhor jogadora de futebol do mundo?”, “Cite alguma atleta brasileira que recebeu medalha de ouro nas Olimpíadas?”, dentre outras perguntas. Os/as estudantes terão ajuda dos/as colegas da sua equipe para tentar responder às questões. Vencerá a equipe que finalizar o circuito em menor tempo. 

  •  Ao final da aula, será realizada uma breve roda de conversa, para que os/as alunos/as possam trazer um feedback acerca das atividades desenvolvidas.


 

Tópico IV: Relações de gênero na Educação Física:

  • Apresentar dados sobre a desigualdade de gênero na Educação Física;


Alguns fatos evidenciados em estudos que podem ser apresentados nesse momento:

A Educação Física é uma disciplina escolar atravessada historicamente por desigualdades de gênero (SOUSA, 1994; ALTMANN, 1998; UCHOGA, 2012); Por vezes, a Educação Física é utilizada como ferramenta de sexismo e disciplinamento de corpos (SILVA, 2019); As aulas de Educação Física nas escolas ainda ocorrem, em sua maioria, com separação por gênero e distinção dos conteúdos ofertados para meninos e meninas (SOUSA, 1994; FERREIRA, 1996; ALTMANN, 1998; DUARTE, 2003; FERNANDES, 2008; CONSTÂNCIO, 2011; ALTMANN, 2012; UCHOGA, 2012; JACÓ, 2012; SOUZA, 2013, SILVA, 2019); As meninas não desfrutam da mesma oportunidade de participação nas aulas práticas do que os meninos (JÚNIOR, 2016; ALTMANN, 1998; SILVA, 2017; UCHOGA, 2012; ALTMANN, 2012; MILANI, 2015; PASSOS, 2014); Muitos professores e professoras de Educação Física ainda atuam a partir de pressupostos estereotipados, sexistas e binaristas (GOELLNER, 2010; PEREIRA et al., 2015; SILVA, 2019); 

A leitura foi indicada por se tratar de um texto que reflete sobre como as diferenças e os papéis de gênero são construídos e reforçados na escola e nas aulas de Educação Física, e também, explica vários aspectos acerca da participação das meninas nas aulas, sendo uma fonte de dados e referências importantes para as discussões realizadas nos outros subtópicos.

  • Aula prática: Desenvolvimento de esportes, jogos e brincadeiras que promovam a igualdade de gênero nas aulas.


A aula será iniciada com uma breve discussão sobre  igualdade de gênero durante as atividades práticas da disciplina de Educação Física, evidenciando, mais uma vez, as reflexões ocorridas nas aulas anteriores, com o objetivo de reforçar a importância e necessidade de que todos/as os/as estudantes participem das aulas sem nenhuma distinção.

Após esse momento, serão apresentadas as atividades que irão ser desenvolvidas durante a aula. Estas atividades terão um direcionamento diferente, que buscará propiciar a igualdade de participação para todos/as.

  • A primeira atividade a ser desenvolvida será um jogo de “queimada”, nele, existirão algumas regras para propiciar que todos/as os/as estudantes brinquem de maneira equivalente, sendo estas: as equipes serão formadas de maneira mista; um/uma aluno/a só poderá pegar na bola novamente, quando todos/as os/as outros/as colegas de equipe tiverem pegado; cada vez que o/a estudante tentar atingir um/uma colega com a bola, deverá escolher alguém diferente, para não haver perseguições; durante a brincadeira, os/as estudantes poderão ser “trocados” de equipe, através de um sorteio, visando diminuir a competição e trabalhar a colaboração.

  • A segunda atividade realizada nesta aula será uma prática de atletismo, que poderá acontecer com suas diversas modalidades: corridas, corridas de revezamento, saltos, dentre outras, pois todas tratam-se de práticas que podem ser realizadas de maneira mista e em conjunto, sem diferenciação de regras para meninos e meninas. 

  • A terceira atividade realizada será uma vivência de Práticas Corporais de Aventura, utilizando as modalidades de Slackline e Parkour. As modalidades foram escolhidas por se tratarem de práticas individuais, em que não há competição, e que, para serem desenvolvidas, é necessária a ajuda e colaboração dos/as demais colegas, sendo, portanto, excelentes atividades para garantir o entrosamento da turma. Estas modalidades, possuem também como característica a possibilidade do desenvolvimento de capacidades físicas muito específicas, como: equilíbrio, controle corporal, concentração, coordenação motora e flexibilidade, que consistem em capacidades que, no geral, são muito bem desenvolvidas pelas meninas, fato que colabora para a motivação da participação delas e de toda a turma.   

  • Ao final da aula, será realizada uma breve roda de conversa, para que os/as alunos/as possam trazer um feedback acerca das atividades desenvolvidas. 


Avaliação final: 

  • Responder ao questionário de Autoavaliação.

Recursos Necessários

Data show

Notebook

Caixa de som.

Berimbau

Tabuleiro de Mancala

Bolas

Bambolês

Cones

Colchonetes

Fita de Slackline

Duração Prevista

Tópico I - Quatro encontros -4  aulas de 50 minutos

Tópico II -  Quatro encontros - 4 aulas de 50 minutos

Tópico III -  Quatro encontros - 4 aulas de 50 minutos

Tópico VI - Dois encontros - 4 aulas de 50 minutos

Processo Avaliativo

Ao final de cada encontro, ocorrerá um momento de feedback, para discussão dos principais pontos trabalhados e esclarecimento de dúvidas.

No encerramento da proposta, será aplicado um questionário de autoavaliação aos/às estudantes, em que poderão avaliar o grau de conhecimento adquirido.

Observações

Foi elaborado um caderno de conteúdo que servirá de apoio para os professores no decorrer da aplicação da proposta.

Referências Bibliográficas

CADERNO DE CONTEÚDO ELABORADO PELA AUTORA DA PROPOSTA - https://drive.google.com/drive/folders/1xk-U4LRor517l7IHL7EuY1tNcXdSeyQ9?usp=sharing

 

TÓPICO I

BRASIL. Estatuto da Diversidade Sexual e de Gênero - Projeto de Lei do Senado, nº 134, de 2018.

CARRARA, Sergio; HEILBORN, Maria Luiza; ARAÚJO, Leila; ROHDEN, Fabíola; BARRETO, Andreia; PEREIRA, Maria Elisabete. Gênero e diversidade na escola: formação de professoras/es em Gênero, Orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais. Livro de conteúdo. Versão 2009. – Rio de Janeiro: CEPESC; Brasília: SPM, 2009.

LOURO, Guacira Lopes. Gênero, Sexualidade e educação. Uma perspectiva pós-estruturalista, Petrópolis RJ: Vozes, 1997.

 

FILMES E DOCUMENTÁRIOS

Liberdade de Gênero - Série Documentário da GNT de 2016. Liberdade de Gênero conta a história de pessoas, gêneros diversos e suas lutas para vencer os preconceitos e levar uma vida normal.

As Sufragistas (2015 - Disponível na Netflix). O filme narra o início da luta do movimento feminista e os métodos incomuns de batalha. A história das mulheres que enfrentaram seus limites na luta por igualdade e pelo direito de voto.

Documentário: Feministas: o que elas estavam pensando? (2018 - Disponível na Netflix). Com ajuda do livro fotográfico de Cynthia MacAdam, a diretora Johanna Demetrakas reuniu depoimentos de mulheres feministas do início do movimento com as atuais. Cada uma compartilha as suas lutas, experiências e aprendizados para garantir os seus direitos.

 

TÓPICO II

ALVES, Lia Almerinda Nogueira Alves; SOARES, Leililene Antunes Soares. Preconceito racial nas aulas de Educação Física em escolas públicas no interior de Minas Gerais. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 151, Diciembre de 2010. http://www.efdeportes.com/

BOZI, L. H. et al. Educação física escolar: principais formas de preconceito. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, n.117, fev. 2008.

CALHEIRO, Ineildes; OLIVEIRA, Eduardo David. Interseccionalidade no esporte: Reflexões sobre o estudo com as árbitras de futebol e o método corpo-experiência. REBEH V.1 N.3, 2018.

CORSINO, Luciano Nascimento; AUAD, Daniela. Relações raciais de de gênero: a educação física escolar na perspectiva da alquimia das categorias sociais. Educação: Teoria e Prática, 01 April 2014, Vol.24(45), pp.57-75. 

DAVIS, Angela. Women, race & class. New York: Vintage Books, 2016. 

FERNANDES, D. O que você sabe sobre a África? Uma viagem pela história do continente e dos afro-brasileiros. 1 ed. Rio de janeiro: Nova Fronteira, 2016.

PEREIRA, Igor Moreira Dias. O corpo negro na educação física escolar. Portal Geledes, 2021. disponível em: https://www.geledes.org.br/o-corpo-negro-na-educacao-fisica-escolar/

PEREIRA, R. P. & CUNHA Jr, H. Mancala: O Jogo Africano no Ensino da Matemática – 1.ed. – Curitiba-PR: Appris, 2016.

ZINN, Howard. A People’s History of the United States (Harper Perennial: New York, p. 253, 2003.

 

LIVROS:

Mulheres, Raça e Classe, Angela Davis (1981).

Livro: E eu não sou uma mulher? bell hooks (2019).

Livro: Racismo Estrutural, Silvio Almeida (2018).

 

TÓPICO III:

BARROS, Turibio Leite de. As diferenças entre homem e mulher no esporte. Sindicato dos Atletas, maio de 2013.

BRITO, Leandro Teófilo de. Performances dissidentes no espaço do voleibol: masculinidades Queer. In PEREIRA, Erik Giuseppe Barbosa.; SILVA, Alan Camargo (Org.). Educação Física, Esporte e Queer: sexualidades em movimento – 1. Ed. Curitiba: Appris, 2019.

DORNELLES, Priscila Gomes.; WENETZ, Ileana. Educação Física escolar e o trato pedagógico com o esporte: Proposições contrassexuais. In PEREIRA, Erik Giuseppe Barbosa.; SILVA, Alan Camargo (Org.). Educação Física, Esporte e Queer: sexualidades em movimento – 1. Ed. Curitiba: Appris, 2019.

GOELLNER, Silvana Vilodre. Mulheres e futebol no Brasil: entre sombras e visibilidades. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, São Paulo, v. 19, n. 2, p. 143-151, abr./jun. 2005

KNIJNIK, J.D. A mulher brasileira e o esporte: seu corpo, sua história. São Paulo, Editora Mackenzie, 2003

 

LIVROS:

Esporte, Educação Física e Queer: Sexualidades em Movimento. Erik Giuseppe Barbosa Pereira e Alan Camargo Silva (2019).

Elas e o futebol (2019).

 

FILMES:

Documentário: Changing the Game (2019).

Documentário: T Rex (2016).

Documentário: Mulheres Olímpicas (2013).

Documentário: Respeita as minas (2020).

 

TÓPICO IV:

ALTMANN, Helena. Rompendo as fronteiras de gênero: Marias e homens na Educação Física. Belo Horizonte: Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal de Minas Gerais, 1998.

ARAÚJO, Iara Maria de.; ESMERALDO, Joana Darc. Educação de meninas e meninos: pensando conceitos, repensando práticas. In Dialogando com os saberes da docência: pesquisas, teorias e práticas. Vol 2, 2014.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação física. Brasília: MEC. P. 42, 1998.

CORSINO, Luciano Nascimento. Relações de gênero na Educação Física escolar: uma análise das misturas e separações em busca da coeducação. Dissertação Dissertação (Mestrado em Educação e Saúde na Infância e Adolescência). Universidade Federal de São Paulo, SP, 2011.

COSTA, Simone Berto da. As relações entre desigualdades de gênero e autoexclusão de alunas das aulas de Educação Física no ensino médio. Dissertação (Mestrado em Ciências da Atividade Física). Universidade Salgado de Oliveira, RJ, 2017.

CORREIA, Marcos Miranda; DEVIDE, Fabiano Pries; MURAD, Maurício. Discurso da licenciatura em Educação Física sobre as questões de gênero na formação profissional em Educação Física. In: DEVIDE, F.P. Estudos de Gênero na Educação Física e no Esporte. 1 ed. Curitiba: Appris, 2017. p.1 7-47

CORSINO, Luciano Nascimento; AUAD, Daniela. O professor diante das relações de gênero na Educação Física Escolar. Cortez, São Paulo, p. 111, 2012.

DINIS, Nilson Fernandes. 2011. Homofobia e educação: quando a omissão também é signo de violência. Educar em Revista, Curitiba, n. 39, p. 39-50, 2011.

DORNELLES, Priscila Gomes.; WENETZ, Ileana. Educação Física escolar e o trato pedagógico com o esporte: Proposições contrassexuais. In PEREIRA, Erik Giuseppe Barbosa.; SILVA, Alan Camargo (Org.). Educação Física, Esporte e Queer: sexualidades em movimento – 1. Ed. Curitiba: Appris, 2019.

DURAN, Maria Victoria Camacho. A aula de Educação Física como reprodutora de estereótipos de gênero: À Luz Da Experiência No Colégio Inén Santiago Pérez - Santa Fé Bogotá. Dissertação (Mestrado em Educação Física). Universidade Estadual de Campinas, SP, 1999.

DUARTE, Mariana de Oliveira. Educação Física para todos e todas? Gêneros e sexualidades dentrofora dos cotidianos escolares: disputas, atravessamentos e práticas.. In: Iran Ferreira de Melo; Natanael Duarte de Azevedo. (Org.). Campina Grande, PB: Editora Realize, 2019, v. IV, p. 255-269.

FERNANDES, Simone Cecilia. Os sentidos de gênero em aulas de Educação Física. Dissertação (Mestrado em Educação Física). Universidade Estadual De Campinas, SP, 2008.

GOELLNER, Silvana Vilodre. A educação dos corpos, dos gêneros e das sexualidades e o reconhecimento da diversidade. Cadernos de Formação RBCE, Campinas, v. 1, n. 2, p. 71 -83, 2010.

JACO, Juliana Fagundes. Educação Física Escolar e Gênero: Diferentes maneiras de participar das aulas. Dissertação (Mestrado em Educação Física), Universidade Estadual de Campinas, SP, 2012.

PEREIRA, Sissi Aparecida Martins. O Sexismo nas aulas de Educação Física: Uma análise dos desenhos infantis e dos estereótipos de gênero dos jogos e brincadeiras. Tese (Doutorado em Educação Física). Universidade Gama Filho, RJ, 2004.

PEREIRA, Erik Giuseppe Barbosa., PONTES, Vanessa Silva.; RIBEIRO, Carlos Henrique Vasconcellos.; SAMPAIO, Tânia Mara Vieira. Os estudos de gênero e masculinidades e seus reflexos para a Educação Física. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, Brasília, v. 23, n. 1, p. 146-156, 2015.

SANTOS, Narciso Mauricio dos. Educação Física Escolar e as práticas educativas: estereótipos masculinos/femininos. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Metodista de São Paulo, SP, 2010.

SANTOS, Luciano Rodrigues dos. Gênero, educação em sexualidade e formação docente: descortinando o curso de Educação Física da Universidade Federal de Sergipe. Tese (Doutorado em Educação). Fundação Universidade Federal de Sergipe. SE, 2016.

SOUSA, Eustáquia Salvadora; ALTMANN, Helena. Meninos e meninas: Expectativas corporais e implicações na educação física escolar. Cad. CEDES, vol.19, n.48, Campinas, agosto de 1999.

SARAIVA, Maria do Carmo. Co-educação física e esportes: quando a diferença é mito. 2. ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2005.

SILVA, Alan Camargo. Corpos Transgressores: Contribuições da analítica Queer para a área de Educação Física. In PEREIRA, Erik Giuseppe Barbosa.; SILVA, Alan Camargo (Org.). Educação Física, Esporte e Queer: sexualidades em movimento – 1. Ed. Curitiba: Appris, 2019.

SOUSA, Eustáquia Salvadora de. "Meninos, A Marcha! Meninas, A Sombra!” A História do ensino da Educação Física em Belo Horizonte. Tese (Doutorado Em Educação). Universidade Estadual de Campinas, SP, 1994.

STEFANE, Cláudia Aparecida. Professores de Educação Física: Diversidade e Práticas Pedagógicas. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Federal de São Carlos, SP, 2003.

UCHOGA, Liane Aparecida Roveran. Educação Física Escolar e Relações de Gênero: Risco, confiança, organização e sociabilidades em diferentes conteúdos. Dissertação (Mestrado em Educação Física). Universidade Estadual de Campinas, SP, 2012.

ZUZZI, Renata Pascoti. As Relações de Gênero na formação profissional em Educação Física. Dissertação (Mestrado em Educação Física). Universidade Metodista de Piracicaba, SP, 2005.

 

LIVROS:

Educação física escolar: relações de gênero em jogo. Helena Altmann (2015).

O professor diante das relações de gênero na Educação Física escolar. Daniela Auad, Luciano Corsino (2017).

Estudos de gênero na Educação Física e no esporte. Fabiano Pries Devide (2017).

O corpo educado: Pedagogias da sexualidade. Org. Guacira Lopes Louro (1998).

Mulher e esporte. Antonio Carlos Simões (2002).

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