Toda história tem dois lados
Estado: São Paulo (SP)
Etapa de Ensino: Ensino Fundamental II, Ensino Médio
Modalidade: Educação de Jovens e Adultos, Educação Regular
Disciplina: Artes, Língua Portuguesa
Formato: Remoto
Lux (nome social) é uma pessoa não-binária cursando o 4º ano de Licenciatura em Artes Cênicas na USP. Pesquisa Teoria Queer e Estudos Decoloniais em seu projeto de conclusão de curso.
Objetivos
- Estudar e conhecer novas figuras da Mitologia Brasileira;
- Entender o papel dos gêneros dentro da sociedade;
- Identificar outras performances de gênero além da masculina e feminina.
Conteúdo
A partir de duas figuras da mitologia brasileira, Jaci e Caipora, o docente e os alunos irão pesquisar sobre o binarismo masculino/feminino, entendendo a potência de cada um deles para a criação de uma figura fictícia que não seja nem homem e nem mulher, ou que perpasse esses dois caminhos.
Metodologia
- Introdução sobre como as mitologias definiam o modo de vida das sociedades antigas, cultural e religiosamente, questionando se isso ainda acontece atualmente;
- Contação de história sobre Jaci em suas formas;
- Contação de histórias sobre Caipora em suas diferentes formas;
- Criação de desenho a partir das histórias das figuras mitológicas;
- Discussão aberta: Entender o que os alunos sabem do conceito de "binariedade" e de "não-binariedade" e como isso é demonstrado nas figuras mitológicas de estudo;
- Exemplificação de outras figuras mitológicas que vão além do binarismo e também de artistas famosos que se definem como não-bináries, como Miley Cyrus e Sam Smith;
- Materialização do desenho: pedir aos alunos para se produzirem, com as coisas que tiverem em casa, como a figura escolhida, baseando-se em seu desenho e nas discussões sobre não-binariedade;
- Criação de cena escrita, partindo das perguntas: Quem, onde e por quê, criar uma cena com começo, meio e fim cujo protagonista não seja nem masculina e nem feminina. Junto à cena, também será preciso representar essa figura, seja por desenho ou por foto.
Recursos Necessários
Como acontecerá de forma remota, os recursos necessários são aqueles já disponíveis nas plataformas.
Duração Prevista
3 a 4 encontros com 50 minutos de duração.
Processo Avaliativo
O processo avaliativo será tanto processual, como a participação e interesse nas discussões, quanto material, visto que os três encontros resultarão na criação de uma cena e na representação de uma figura (seja por foto ou desenho).
Referências Bibliográficas
ALVES, Januária Cristina. Abecedário do Folclore Brasileiro. São Paulo: Edições Sesc, 2017.
BUTLER, Judith. Problemas de Gênero. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2003.
OURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação. Uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1997.
BUTLER, Judith. Problemas de Gênero. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2003.
OURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação. Uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1997.