“Desmanipulando a mídia”: a violência doméstica nos meios de comunicação

Estado: Rio de Janeiro (RJ)

Etapa de Ensino: Ensino Médio

Modalidade: Educação de Jovens e Adultos, Educação Regular

Disciplina: Sociologia

Formato: Remoto

Professora de Sociologia na Educação Básica, com 15 anos de experiência. Possui artigos publicados na área de Ensino de Sociologia, Gênero e Educação e Educação em Direitos Humanos. Bacharel e Licenciada em Ciências Sociais pela UFRJ. Mestre em Antropologia e Sociologia pelo PPGSA/UFRJ. Atualmente é professora do Departamento de Sociologia e Diretora Pedagógica do Campus Niterói do Colégio Pedro II.

Objetivos

Objetivo principal:

Incentivar, através da reflexão coletiva e ativa, a crítica às formas como os meios de comunicação em massa tendem a naturalizar as diferentes violências de gênero, em especial a violência doméstica.


Objetivos secundários:


1. Sensibilizar para o tema da violência doméstica;

2. Apresentar o que é violência doméstica, as leis relativas ao tema e as formas como ela se manifesta;

3. Desmitificar ideias do senso comum sobre o tema;

4. Apresentar as formas de proteção e denúncia;

5. Refletir de forma crítica sobre os meios de comunicação e a naturalização da violência contra mulher;

6. Exercitar formas de desconstrução de narrativas sexistas veiculadas pela grande mídia: reportagens, novelas, músicas, filmes e propagandas.

Conteúdo


  • Gênero

  • Violência de Gênero

  • Indústria Cultural

  • Tecnologias de Gênero

  • Hegemonia

  • Contra-hegemonia.

Metodologia

As e os estudantes devem ter conhecimentos prévios dos conceitos Indústria Cultural e Hegemonia.


  1. Vídeo ou material em slide apresentando o conceito (jurídico) de violência doméstica e os dados referentes ao tema no Brasil;

  2. Vídeo ou material em slide apresentando o conceito de gênero, explicando o que é a construção de estereótipos de gênero;

  3. Vídeo ou material em slide refletindo de forma crítica sobre como a Indústria Cultural, ao reforçar os estereótipos de gênero, naturaliza a violência contra a mulher e apresentando o conceito de tecnologia de gênero;

  4. Encontro síncrono, por meio de plataforma digital:
    (a) debate sobre a naturalização da violência contra a mulher pelos meios de comunicação,
    (b) apresentação de exemplos de narrativas que naturalizam ou justificam a violência contra a mulher;
    (c) proposta de atividade de construção de narrativas contra-hegemônicas, exemplo: Na manchete: "Mulher é agredida a tijoladas", frase construída na voz passiva transforma a vítima em sujeito e oculta o verdadeiro agressor. Na reconstrução da frase teríamos, com as informações disponíveis no texto da notícia: "Marido agride esposa a tijoladas";
    (d) divisão da turma em grupos.

  5. Etapas da proposta:
    (a) pesquisa de notícias, propagandas e músicas que reforçem, justifiquem ou naturalizem a violência contra a mulher;
    (b) reconstrução das narrativas dos materiais selecionados utilizando programas (softwares) gráficos simples, como o "Paint";
    (c) envio das imagens originais e das narrativas reconstruídas.


*A ou o professor pode, ao final, unir todas as imagens em um vídeo e disponibilizar para a comunidade escolar.

Recursos Necessários


  • Ambiente virtual de aprendizagem;

  • Computador;

  • Acesso à internet;

  • Software gráficos básicos.

Duração Prevista

Duas atividades prévias de leitura de 50 minutos cada;

Encontro síncrono de 1 hora e 50 minutos.

Processo Avaliativo

A avaliação se dará na observação da participação das e dos estudantes no encontro síncrono e na produção dos materiais de desconstrução das narrativas hegemônicas a serem entregues à ou ao professor.

Referências Bibliográficas

ANDRADE, Sandra dos Santos. Mídia impressa e educação de corpos femininos. In: LOURO, Guacira Lopes, FELIPE, Jane e GOELLNER, SILVANA VILODRE (orgs.). Corpo, Gênero e Sexualidade: um debate contemporâneo na educação. (p. 109-123). Petrópolis: Vozes, 2016.

LAURETIS, Teresa de. A Tecnologia do Gênero In: BUARQUE DE HOLLANDA, Heloísa (Org.). Tendências e Impasses: O feminismo como crítica da cultura (p.206-241). Rio de Janeiro: Rocco, 1994.

LINS, Beatriz Accioly, MACHADO, Bernardo Fonseca e ESCOURA, Michele. Diferentes, não desiguais: a questão de gênero na escola. São Paulo: Reviravolta, 2016.

LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação. Uma perspectiva pós- estruturalista. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

SACAVINO, Susana Beatriz; CANDAU, Vera Maria (orgs). Direitos das mulheres: compromisso de todos/as. Rio de Janeiro: 07 Letras, 2017

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