Reconstruindo a percepção de Gênero a partir das Práticas Corporais de Lutas

Estado: Ceará (CE)

Modalidade: Educação de Jovens e Adultos, Educação do Campo, Educação Escolar Indígena, Educação Escolar Quilombola, Educação Especial, Educação Regular

Disciplina: Educação Física

Formato: Presencial

Licenciada em Educação Física, mestra em educação e ensino, atuo como docente no curso de graduação em educação física da Universidade Regional do Cariri (URCA/IGUATU). Trabalho com a inclusão das temáticas de gênero, sexualidade e raça nas disciplinas de Handebol, Práticas Corporais de Lutas e Educação Física, Esporte e Mídia.

Objetivos

Entender os conceitos de gênero, sexualidade e sexo biológico

Refletir sobre as construções sociais de gênero e seus reflexos nas práticas corporais de lutas

Reconhecer as lutas como práticas inclusivas e significativas a todos os indivíduos

Desenvolver atitudes de respeito e empatia com o próximo.

Conteúdo

Gênero e Práticas Corporais de Lutas

Metodologia

Primeiro Momento
Com os alunos em círculo, o professor deverá apresentar o conteúdo e os objetivos da aula. Na sequência, será pedido para que cada aluno cite um super-herói ou super-heroína que mais gosta. Neste momento, o professor deverá anotar no quadro cada um dos(as) heróis/heroínas apresentados(as) pelo grupo, e,após ter listado todos os personagens o docente irá dividir o quadro com linha e escrever de um lado a palavra HOMEM e do outro a palavra MULHER. O docente anotará o quantitativo de heróis/heroínas citados pela turma destacando se os mesmos são do gênero masculino ou feminino. Confirmando que o número de personagens masculinos ultrapassa o feminino, o professor deverá fazer uma reflexão sobre os motivos que levam os super-heróis a serem mais populares que as super-heroínas.
Perguntas mediadoras: Será que eles são mais fortes do que elas? Os homens lutam melhor do que as mulheres? Os vilões dos personagens masculinos são mais cruéis que os vilões combatidos pelas heroínas? Por que a maioria dos meninos e meninas tendem a identificar-se com super-heróis em detrimento das super-heroínas?
Conforme se elenca as questões relacionadas ao gênero e as lutas, o professor deve mediar o processo de reconhecimento do sentido/significado de gênero, sexo biológico e sexualidade.

Segundo Momento.
Depois de explicar os conceitos gênero, sexo biológico e sexualidade na primeira atividade, o professor vai apresentar as problemáticas existentes no contexto das lutas relacionadas a gênero e sexualidade. Para isso, o docente deve desenhar no quadro ou colar na parede três imagens de emoticons referentes ao: curtir, não gostei e pensando. Após apresentar os emoticons e seus significados para os alunos, o professor deverá ler para o grupo afirmativas relacionadas a lutas, gênero e sexualidade.
Algumas delas podem ser: Só meninos devem praticar lutas; Meninas que praticam lutas parecem homens; Homem que gostam de lutar agarrado são maricas; Homens transgênero não deveriam lutar com homens cisgênero; Mulheres devem aprender a lutar para se defender de diversas formas de violência. Entre outras cabíveis e necessárias ao debate proposto para aula.
Conforme o professor ler as afirmativas os alunos deverão tocar no emoticon que para ele expressa seu sentimento diante do exposto (curti, não gostei, pensando), nesse momento o docente deve perguntar para os alunos porque escolheram determinado emoticon e qual a justificativa para sua escolha. Nesta atividade, o professor precisa possibilitar e mediar debates a partir das manifestações dos alunos, visando a reconstrução do sentido/significado de gênero presentes na prática corporal de lutas e na sociedade em geral.

Terceiro Momento:
Ocorrerá breves questionamentos orais para avaliar a apreensão dos alunos a cerca do conteúdo apresentado na aula.

Recursos Necessários

Pincel para quadro branco

Duração Prevista

60 minutos.

Processo Avaliativo

Questionamentos Orais e Observação Assistemática.

Referências Bibliográficas

LOURO, G.L. NECKEL, J.F. GOELLNER, S.V. Corpo, gênero e sexualidade:
um debate contemporâneo na educação. Petrópolis: Vozes, 2003. 191 p.

COLLING, L. Gênero e sexualidade na atualidade / Leandro Colling. - Salvador: UFBA, Instituto de Humanidades, Artes e Ciências; Superintendência de Educação a Distância, 2018.

DORNELES, Priscila Gomes, WENETZ, Ileana; SCHWENGBER, Maria Simone Vione. (Orgs). Educação física e gênero: desafios educacionais. Ijuí: Ed. Unijuí, 2013.

ARAÚJO, M.P. ALVARENGA, R. Lutas e questões de gênero: construções histórico-sócioculturais. III Congresso Sudeste de Ciências do Esporte Mega Eventos esportivos no Brasil: seus impactos e a participação popular Niterói – RJ, 2010.

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