• Analisar as diferentes formas de violência de gênero contra as mulheres e grupos marginalizados no período correspondente a primeira e a segunda grandes guerras.


• Promover o debate sobre os processos históricos de mudanças e permanências de violência contra grupos marginalizados ao longo da história.


• Compreender como os processos de conflitos armados expõem as vulnerabilidades da sociedade civil, principalmente das mulheres.


• Demarcar os processo bélicos como espaços de poder do masculino sobre os demais gêneros.

Habilidades específicas segundo a BNCC:
(EF09 HI10) - Identificar e relacionar as dinâmicas do capitalismo e suas crises, os grandes conflitos mundiais e os conflitos vivenciados na Europa;
(EF09HI13) - Descrever e contextualizar os processos da emergência do fascismo e do nazismo, a consolidação dos estados totalitários e as práticas de extermínio (como o holocausto).
(EF09HI15) - Discutir as motivações que levaram à criação da Organização das Nações Unidas (ONU) no contexto do pós-guerra e os propósitos dessa organização.
(EF09HI16) - Relacionar a Carta dos Direitos Humanos ao processo de afirmação dos direitos fundamentais e de defesa da dignidade humana, valorizando as instituições voltadas para a defesa desses direitos e para a identificação dos agentes responsáveis por sua violação.
(EF09 HI26) - Discutir e analisar as causas da violência contra população marginalizadas (negros, indígenas, mulheres, homossexuais, camponeses, pobres, etc) com vistas à tomada de consciência e à construção de uma cultura de paz, empatia e respeito as pessoas.

Totalitarismos e conflitos mundiais (período entre guerras).

O projeto visa analisar as formas de violências de gênero que mulheres e grupos marginalizados durante o período entre guerras, demonstrando que em momentos que conflitos esses grupos são os que mais sofrem.

1ª aula – Iniciar o trabalho a partir de uma conversa com os estudantes e levantar qual o entendimento deles quanto aos conceitos de: violência, intolerância e guerra. Após o debate inicial, promover a explicação de cada conceito de forma a ampliar o entendimento dos mesmos. Possibilitar que os alunos examinem como ocorrem os processos de conflitos entre as nações/países e quais os impactos desses conflitos para a população em geral, a partir das aulas expositivas, dos materiais didáticos e paradidáticos.

2ª aula – Compreender quais as convicções presentes nas ideologias totalitárias: fascismo e nazismo. Discutir com os educandos a ideia de superioridade de raças defendida pelas ideologias nazi-fascistas e a perseguição aos grupos marginalizados por essas ideologias (negros, homossexuais, ciganos, comunistas, judeus, entre outros).

3ª aula – Propor que as alunas e os alunos de forma coletiva realizem uma esquematização dos principais motivos que geraram a 1ª e a 2ª grandes Guerras Mundiais.

4ª aula – Propor uma roda de conversa onde os discentes possam expor seus conhecimentos sobre: gênero, feminismos e violência de gênero; depois, coletivamente podem criar um conceito a partir do que foi discutido. Nesta aula os discentes serão levados a entender e nomear quais são as principais violências de gênero, onde as mulheres são as principais vítimas, nos grandes conflitos mundiais.

5º aula – Analisar a criação da Organização das Nações Unidas (ONU) e a importância desse organismo mundial para a promoção da paz e dos direitos humanos. Estudar e Debater a Declaração dos Direitos Humanos promulgada pela ONU em 1948. Discutir com os estudantes o que são os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a importância dos mesmos para o desenvolvimento de sociedades igualitárias, justas, fraternas e que respeitem os direitos humanos.

6ª aula - Propor que as alunas e os alunos pesquisem acontecimentos ocorridos no Brasil ou Europa que violam os direitos humanos nas questões de gênero. Promover a socialização da pesquisa e realizar um debate sobre as violações que grupos marginalizados sofrem na atualidade, buscando perceber as mudanças e permanências e a tomada de consciência dos estudantes quanto a importância do respeito a diversidade e a dignidade humana.

7ª aula – A/o docente pode ao longo do desenvolvimento desta atividade utilizar uma aula para reproduzir os vídeos sugeridos, sendo também uma sugestão que os/as estudantes criem vídeos sobre o tema, possibilitando assim uma metodologia mais atrativa e dinâmica.

Dependendo do grau de envolvimento dos estudantes poderá ser necessário mais aulas para cada item abordado, lembrando que a ideia foi pensada a partir de aulas de 45 minutos, num componente de três aulas de História por semana.

Folhas para fotocópias; Material áudio-visual para a reprodução dos vídeos; Livros didáticos e paradidáticos; Sala informatizada para pesquisas.

A proposta apresentada foi pensada para ser aplicada em 7 aulas com duração de 45 minutos cada, contudo dependendo do grau de envolvimento dos/das estudantes poderá ser necessário mais aulas para cada item abordado.

A avaliação será processual, portanto no desenrolar das atividades o/a docente poderá propor que os discentes elaborem textos a partir das conclusões que chegaram através das pesquisas realizadas e das aulas ministradas. Outra proposta de atividade avaliativa seria a realização de uma redação onde os/as estudantes podem expressar quais são as formas de violência que as mulheres e grupos marginalizados sofreram (período das guerras mundiais) e sofrem ainda hoje; o tema da atividade pode ser Tempos modernos, mulheres sem...

Introdução: Em tempos modernos de ódio, intolerância, xenofobia, transfobia, machismo, sexismo e tantas outras formas de violência percebemos que precisamos enquanto civilização repensar as práticas de vivência em sociedade, pois chegamos a um estágio extremamente avançado de tecnologia, cibernética e de desenvolvimento, porém ainda não sabemos respeitas as diferenças. O estágio do nosso desenvolvimento material/tecnológico não corresponde ao nosso desenvolvimento humano, uma vez que não temos o desenvolvimento da plena cidadania para todos, todas e todxs. Enquanto sociedade civil, enquanto governo e instituições deve haver a busca incessante para a efetivação dos direitos já há tempos consolidados na Declaração dos Direitos Humanos, a qual tantos países são signatários. Promover a discussão com os/as estudantes sobre cidadania, diversidade, direitos e igualdades instrumentalizará esses jovens para uma convivência social mais respeitosa e integradora.

► Sugestão de sites para pesquisa:

• Secretaria da Mulher na Câmara dos Deputados: https://www2.camara.leg.br/a-camara/estruturaadm/secretarias/secretaria-da-mulher/o-que-e-a-secretaria-da-mulher

• Instituto de Estudos de Gênero (Ieg) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC): http://www.ieg.ufsc.br/

• ONU Mulheres Brasil. Disponível em: http://www.onumulheres.org.br/. Acesso em: 01 nov. 2020. • Concurso Construindo Igualdade de Gênero. Disponível em: http://igualdadedegenero.cnpq.br/igualdade.html. Acesso em: 04 nov. 2020.

• Observatório Brasil de Igualdade de Gênero. Disponível em: http://www.observatoriodegenero.gov.br/menu/publicacoes. Acesso em: 04 nov. 2020.

• Sugestão de poemas para serem trabalhados com os alunos e as alunas sobre mulheres e suas lutas. Disponível em: https://margens.com.br/2018/06/01/intervencao-literaria-ja-conheca-10-poemas-de-luta-escritos-por-mulheres/. Acesso em: 24 nov. 2020.

► Sugestão de vídeos:

• Turma da Mônica clássica em “Juntos pela Igualdade”. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=2iSk3DVvlYk&feature=emb_logo. Acesso em: 01 nov. 2020.

• A História dos Direitos Humanos - Documentário produzido por United for the Human Rights. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=uCnIKEOtbfc. Acesso em: 24 nov. 2020.

• ONU Mulheres Brasil – Direitos Humanos. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=hGKAaVoDlSs. Acesso em: 24 nov. 2020.

BRANT, Maria. Tempo de Guerra: mulheres sem paz. Revista Marie Claire. Edição 145, abr. 03. Disponível em: http://revistamarieclaire.globo.com/Marieclaire/0,6993,EML510601-1740,00.html. Acesso em: 01 nov. 2020.

PEDRO, Antonio. A Segunda Guerra Mundial. 18. ed. Coleção Discutindo a História. São Paulo: Editora Atual, 2004.

HASTINGS, Max. Inferno: o mundo em guerra 1939-1945. Tradução Berilo Vargas. Rio de Janeiro: Intrinseca, 2012.

WEISS, Helga. O diário de Helga. Tradução George Schlesinger. Rio de Janeiro: Intrinseca, 2013.

ALEKSIÉVITCH, Svetlana. A guerra não tem rosto de mulher. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.

LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação – uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis: Editora Vozes, 1998.

HOOKS, bell. O feminismo é para todo mundo: Políticas arrebatadoras. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2018.

LIMA Jr., Antônio Teixeira. Guerra, paz e os corpos das mulheres um olhar nativo sobre a Conferência de Beijing. Ministério da Economia. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 2019. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/retrato/pdf/190327_tema_e_guerra_paz_e_os_corpos_da_mulheres_um_olhar_nativo_sobre_a_conferencia_de_beijing.pdf. Acesso em: 01 nov. 2020.

LEITE, Gisele. HEUSELER, Denise. A presença da mulher na Segunda Guerra Mundial. Jornal Jurid. 21 mar. 2019. Disponível em: https://www.jornaljurid.com.br/colunas/gisele-leite/a-presenca-da-mulher-na-segunda-guerra-mundial. Acesso em: 01 nov. 2020.

* Cada professor/a pode incluir a referência do livro didático/paradidático utilizado por sua unidade escolar.