Desconstrução de estigmas de gênero no forró
Estado: Ceará (CE)
Etapa de Ensino: Ensino Fundamental II
Modalidade:
Disciplina: Educação Física
Formato: Presencial
Graduado em Licenciatura em Educação Física pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, campus Limoeiro do Norte. Especialista em Educação Física Escolar pela Unicesumar. Professor temporário da escola estadual do município de Quixeré/CE e, professor efetivo do município de Quixeré/CE. Atuou como bolsista de esporte com arte no projeto Jovem de Futuro, desenvolvido pela escola Gov. Manoel de Castro Filho (Quixeré-Ce) nos anos de 2013 e 2014. Monitor da disciplina de psicologia e de metodologia do trabalho científico no ano de 2017 no Instituto Federal do Ceará- Campus Limoeiro do Norte; Bolsista do Programa de Iniciação à Docência. Áreas de interesse para pesquisa: Gênero, sexualidades e Educação Física Escolar.
Objetivos
Discutir a dança na escola de maneira a desconstruir estigmas de gênero que circundam essa manifestação corporal, a partir das vivências com o forró.
Objetivo específico:
- Apresentar a origem do forró, principais estilos e instrumentos;
- Vivenciar o forró em pares convencionais (homem/mulher) e outras possibilidades, como, mulher-mulher e homem-homem;
- Identificar como as mulheres e os homens são apresentados nas letras de algumas músicas de forró.
Conteúdo
- Origem, estilos e instrumentos básicos do forró.
- Reflexões sobre a construção convencional do par homem-mulher no forró, e também, de outras possibilidades.
- Debate acerca das letras de forró quanto à abordagem das mulheres e dos homens.
Metodologia
1° Momento
Introdução:
Apresentação do objeto de conhecimento da aula, que é: Desconstrução de estigmas de gênero na dança de salão, forró. Após a apresentação, fazer um levantamento inicial com as seguintes perguntas:
- Quem já dançou? O que dançou?
- Quem já dançou forró? Onde e com quem?
- Por que nunca dançou? Quais motivos te impediram de dançar?
A partir das respostas dos/das estudantes, é interessante já ressaltar a discussão de gênero que a prática da dança provoca em nossa sociedade, haja vista ter sido essa desenvolvida historicamente como uma atividade voltado para as meninas. Logo, há muitos meninos que ficam receosos em dançar. É justamente diante dos desafios que nos deparamos quando vamos trabalhar a dança, que vivenciaremos o forró de uma maneira lúdica, a fim de começar a instigá-los na dança, no caso aqui, o forró, e a refletir que a dança também é coisa de menino. É para todos e todas.
2º Momento:
Vivência do jogo de tabuleiro, trilha:
O banner (Anexo 01) deve estar impresso e pode ser colocado no centro da quadra ou pátio ou sala. Organizado o local, a turma deverá ser dividida em dois grupos que estarão no tabuleiro de jogo representado por dois objetos (tampas, bonecos), em que a cada rodada um integrante será escolhido para lançar o dado (anexo 03) e a partir do lado que cair, fazer o que se diz nas cartas (anexo 02), por exemplo: Ao som de Elba Ramalho volte duas casas ou ao som de Luiz Gonzaga pule duas casas. Quando o grupo cair em uma casa que contém um desafio/questionamento estará apresentado da seguinte forma: "Atenção! Você já parou para ouvir/ler as letras de músicas de forró? Pegue a carta 3!" Um outro exemplo, seria: "Atenção! Neste momento da festa ninguém fica parado! Pegue a carta 4!". Se o grupo não responder ou fizer os desafios, regressa para a casa que estava antes. Vence o jogo quem chegar ao final da trilha primeiro. Em caso de um grupo cair em uma casa cuja discussão ou vivência já foi possibilitada, não é preciso realizar novamente, a equipe só permanece na casa. É válido lembrar que os materiais como: músicas, caixa de som, letras de músicas impressas, cartas, dado, e demais recursos, já devem estar previamente preparados.
3º Momento
Roda de conversa para espaço de escuta e reflexão acerca do que foi vivenciado.
- O que foi mais difícil e mais simples nos desafios que estavam presentes no jogo?
- Como se sentiram ao dançar forró durante os desafios propostos no jogo?
- Notaram como os colegas de vocês reagiram? Houve cooperação e respeito?
- Todos os meninos dançaram? E todas as meninas? O que aconteceu?
- O que destacariam como pontos positivos desta vivência com o forró? E como pontos negativos?
Recursos Necessários
- Cartas impressas;
- Dado confeccionado;
- Caixa de som;
Duração Prevista
Processo Avaliativo
- Observação do interesse e entusiasmo dos/das estudantes na exploração do jogo e vivência propositadas dos desafios, bem como, as reações transmitidas porque estava a dançar e porque naquele instante estava a assistir;
- Realização de questionamentos durante a vivência e ao final, a fim de, estimular à reflexão das questões de gênero envolta da dança, especialmente, através do forró.
Observações
Referências Bibliográficas
BRAGA, N. H. M. Elaboração e testagem do jogo trilha educativa terapia manual na fisioterapia: proposta para favorecer a aprendizagem. Dissertação (mestrado em ensino de ciência e matemática) - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009. Disponível em: http://www.biblioteca.pucminas.br/teses/EnCiMat_BragaNH_1.pdf. Acesso em: 24 de julho de 2020
MORAES, C. O ensino da dança de salão, estilo forró nas aulas de Educação física no ensino médio. Paraná: Cadernos PDE, 2013. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2013/2013_uel_edfis_pdp_claudecir_de_moraes.pdf. Acesso em: 14 de julho de 2020.
*Para ter acesso na íntegra dos materiais disponibilizados nos anexos 01, 02 e 03, acesse: https://drive.google.com/drive/folders/1wLOX0JRIG6G-ajsWgeXmjj6u0Gf-LuJu?usp=sharing
SOUSA, N.C.P; HUNGER, D. A. C.F; CARAMASHI, S. A dança na escola: um sério problema a ser resolvido. Motriz, Rio Claro, v.16 n.2 p.496-505, abr./jun, 2010. Disponível em:https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/8356/WOS000284782500024.pdf? sequence=3. Acesso em: 14 de julho de 2020.